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Missão de Observadores da SADC, chefiada pelo antigo Presidente moçambicano Filipe Nyusi, encontra-se retida na Guiné-Bissau. Segundo informações, um forte aparato militar cerca o local onde os membros da missão estão hospedados, com o objectivo declarado de garantir a segurança dos observadores. Não há perspectiva imediata para o regresso da missão aos seus países de origem, devido ao encerramento total das fronteiras aéreas, marítimas e terrestres do país, na sequência do golpe de estado.
A situação escalou após militares da Guiné-Bissau terem anunciado, na quarta-feira, 26 de Novembro, a tomada do poder e a suspensão imediata de todas as instituições da República, incluindo o processo eleitoral. Esta acção ocorreu poucos dias depois das eleições gerais de 23 de Novembro. O porta-voz militar alegou que a acção foi uma resposta à descoberta de um “plano em andamento” que visava desestabilizar o país através da manipulação dos resultados eleitorais, envolvendo políticos nacionais e um “conhecido traficante de drogas”.
A intervenção militar ocorreu na iminência da divulgação dos resultados provisórios, originalmente esperados para 27 de Novembro. Informações preliminares do terreno, anteriores ao anúncio do golpe, apontavam para uma derrota significativa do Presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, e para uma vitória do principal candidato da oposição, Fernando Dias, apoiado pelo ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira. Contudo, relatos dão conta de que, no seguimento do golpe, tanto Fernando Dias como Domingos Simões Pereira teriam sido levados sob custódia.



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