Justiça sul – africana aplica penas pesadas a três moçambicanos por caça furtiva de rinocerontes

O Tribunal Regional de Skukuza, África do Sul, condenou, recentemente, três moçambicanos a penas de prisão que variam entre 22 e 33 anos por terem sido encontrados no Kruger Park na posse de seis chifres de rinoceronte em Julho de 2022. Trata-se de Nuno Burros, Lawrence Macamo e Jorge Muianga que, segundo as autoridades sul – africanas, viviam ilegalmente na terra do rand.

De acordo com a justiça sul – africana, pesavam sobre Nuno Burros, de 21 anos de idade, e Jorge Muianga, de 48 anos de idade, e Lawrence Macamo, 28 anos de idade, nove acusações de caça ilegal de rinocerontes no Kruger Park.

Na sentença que foi lida no Tribunal Regional Skukuza, Macamo e Burros foram condenados a 22 anos de prisão, enquanto Muianga, por sinal o mais velho dos três caçadores furtivos, recebeu a pena mais pesada, ou seja, 33 anos.

Visivelmente feliz com o desfecho do julgamento, o responsável pelo gabinete de comunicação e marketing do Kruger Park, Isaac Phaahla, que referiu que os três indiciados viviam ilegalmente na África do Sul, explicou que os três moçambicanos foram encontrados no interior do Kruger Park com seis chifres de rinoceronte e uma arma de fogo.

“Eles foram presos em Julho de 2022 na secção de Malelane do Kruger Park depois que os guardas florestais, auxiliados pela Unidade K9 e os Aviadores da Ala Aérea, ouviram tiros e posteriormente denúncias dos turistas que se encontravam no Kruger Park. Uma busca minuciosa foi iniciada e os suspeitos foram encontrados escondidos no mato na posse de seis chifres de rinoceronte, uma arma de fogo, duas facas de caça e quatro cartuchos reais”, disse.

Se por um lado, a South African National Parks, entidade que responsável pela gestão dos parques na África do Sul, congratulou-se com as longas penas de prisão impostas a três moçambicanos condenados por caça furtiva de rinocerontes. Por outro, a guarda florestal da África do Sul, SANParks, mostrou-se satisfeito com a velocidade com que o caso foi julgado e espera sentenças mais duras no corrente ano para impedir crimes contra a fauna bravia.