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O Chefe da Bancada do Podemos na Assembleia da República, Sebastião Mussanhane, realizou esta sexta-feira, uma visita de cortesia ao Ministério do Interior, no âmbito do ciclo de encontros que o partido tem promovido com instituições públicas do nível central. Falando à saída do encontro, Mussanhane explicou que a iniciativa visa aproximar o partido das instituições, compreender o seu funcionamento e partilhar preocupações sobre questões que afectam a sociedade.
“O nosso objectivo é mostrar que estamos preocupados com os problemas do país e queremos colaborar na busca de soluções. Desta vez, interessava-nos sobretudo discutir a onda de criminalidade, a sinistralidade rodoviária e a situação dos desmobilizados de guerra e das Forças de Defesa e Segurança”, afirmou.
Segundo o chefe da bancada, a delegação do Podemos ficou satisfeita com as respostas recebidas, destacando em particular a inclusão dos desmobilizados no processo de recrutamento em curso para a Polícia da República de Moçambique (PRM).
“Isto vai ajudar a reduzir o número de desmobilizados sem rumo e aproveitar a sua experiência para reforçar a segurança pública”, sublinhou Mussanhane, acrescentando ainda preocupações ligadas à “dignidade dos agentes nos postos fronteiriços e à necessidade de resgatar a confiança entre a polícia e a comunidade”.
Questionado sobre a posição do partido relativamente à sinistralidade rodoviária, Mussanhane apontou a prática de gratificações em diferentes sectores como um dos factores que alimenta o incumprimento das normas de trânsito e de outras áreas da vida pública.
Por sua vez, o Ministro do Interior, Paulo Chachine, considerou positiva a visita, afirmando que ela demonstra a preocupação não apenas de um partido, mas de toda a sociedade.
“Abrimos as portas para ouvir as contribuições do PODEMOS e foi importante percebermos que as nossas ideias se encontram em vários pontos. A criminalidade, a sinistralidade e o recrutamento em curso foram temas centrais e houve convergência de entendimentos”, disse.
Chachine destacou ainda que o trabalho da polícia só será eficaz se for feito em colaboração com outros sectores da sociedade.
“Não podemos fazer polícia sozinhos, fechados nos edifícios. Precisamos de trabalhar com todos, e o mais importante é que o partido Podemos mostrou disponibilidade para colaborar. Isso é o que nos encoraja”, concluiu.

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