Nova fábrica de processamento de gás natural reduzirá em cerca de 70% as importações de gás de cozinha

DESTAQUE ECONOMIA
Share this

Moçambique vai reduzir cerca de 70% das importações de gás de cozinha graças à inauguração de uma nova fábrica de processamento de gás natural instalada no distrito de Inhassoro, província meridional de Inhambane. O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, inaugurou a nova fábrica, num ato testemunhado pelo seu homólogo da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

O Presidente Daniel Chapo sublinhou que esta inauguração significa transformar o gás em desenvolvimento, em indústria, em emprego e em dignidade para o povo moçambicano, o que representa a construção da independência económica. Referiu que o país entra deste modo na era da transformação local, da industrialização e da soberania económica, representando um passo decisivo na concretização da visão estratégica de transformar localmente os recursos naturais, gerar mais valor em território nacional e reforçar a soberania energética.

“Sempre importamos 100 por cento de gás liquefeito para o povo moçambicano, com esta inauguração hoje cerca de 75 por cento já não precisamos importar, poupamos dinheiro, geramos dinheiro”, disse Daniel Chapo. Segundo o Chefe de Estado, com a nova infra-estrutura estão criadas condições para estabilizar preços e expandir o acesso a energia limpa para mais moçambicanos.

Chapo mencionou que a inauguração ocorre numa altura em que o país celebra 50 anos da independência nacional, um marco decisivo na edificação dos alicerces da independência económica, que se traduz na transformação de Moçambique, sobretudo naquilo que o país não produz, para transportar para o povo moçambicano e exportar com um valor acrescido.

“Inhambane está a transformar-se passo a passo num centro energético industrial, logístico e de inovação de dimensão nacional e regional”, afirmou o Presidente.

Para além desta unidade de processamento de gás, estão em curso no país investimentos nacionais que ampliam a dimensão regional e internacional da estratégia do executivo moçambicano, como a Plataforma Flutuante Coral Norte em Cabo Delgado e os terminais de receção do gás natural liquefeito (LNG) em Sofala e Inhambane, essenciais para a industrialização e expansão do transporte energético. O Presidente informou ainda que a província de Inhambane, para além de ser a capital e polo de turismo de Moçambique, torna-se igualmente um centro nacional de energia, indústria, logística e inovação. A infra-estrutura inaugurada irá reforçar a posição de Moçambique como hub energético da África Austral.

O Presidente destacou que a cooperação com a África do Sul, parceiro estratégico no sector energético, comércio, segurança, transporte e logística, ganha aqui um novo impulso, ressaltando que a energia só tem sentido quando chega aos lares, às fábricas, hospitais e às comunidades locais.

A nova unidade de processamento de gás integra a visão mais ampla na transformação estrutural da economia, visando assegurar o gás para indústrias, produção de fertilizantes, energia para agro-transformação, corredores industriais modernos e criação de empregos qualificados, principalmente para jovens e mulheres.

“O nosso objectivo é claro, garantir que a médio e longo prazos, todos moçambicanos, em qualquer ponto do país, possam beneficiar plenamente do gás de petróleo liquefeito”, disse Chapo. A energia traz consigo ganhos como mais saúde e dignidade nos lares, maior segurança no uso diário da energia, redução significativa da dependência da lenha e do carvão, protecção da floresta e do ambiente, e melhoria da qualidade de vida do povo.

Por fim, o Presidente exortou a SASOL e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) a mobilizarem plenamente o seu conhecimento e capacidade com os jovens para expandir a disponibilidade deste recurso em todo o território nacional, exigindo “resultados concretos, gás acessível, estável e permanente para todas as famílias moçambicanas”.

Promo������o
Share this

Facebook Comments

Tagged