Na manhã do último domingo (10), os voos que estavam programados para aterrar e decolar no Aeroporto Internacional de Maputo ficaram comprometidos após um curto corte de energia da rede pública da Electricidade de Moçambique (EDM), o que provocou o apagão dos sistemas de comunicação das torres de controlo de tráfego aéreo. O incidente comprometeu a decolagem de três voos e só foi resolvido com o restabelecimento da corrente pública. A gestão de Aeroportos de Moçambique (AdM) explicou ao Evidências que a empresa tem geradores que ligam automaticamente, em caso de corte da corrente pública, mas alega que devido a “uma falha” técnica, a corrente dos geradores não chegou às Torres.
Na manhã deste domingo (10), o corte da energia pública deixou mudas as torres de controlo de tráfego aéreo que ficaram sem sinal de comunicação, das 9:30 às 10:50. O incidente baralhou o normal tráfego e de três voos que deveriam decolar naquela manhã, provocando atrasos que a princípio foram descritos como efeitos de negligência por parte da gestão dos AdM.
É que, por causa deste corte, os controladores das torres em terra, que acompanham, orientam e monitoram o percurso de aeronaves (aviões e helicópteros) no ar e no solo, para garantir um fluxo de tráfego seguro, ordenado e expedito ficaram sem comunicações.
Fontes do Evidências garantem que, após o corte prolongado de energia, a empresa tentou arrancar os geradores para repor o normal funcionamento da torre, contudo não tinham combustível. No entanto, a AdM rebate dizendo que foram somente “falhas técnicas”.
À nossa reportagem, Celso Zualo, director técnico indicado para explicar os contornos do incidente, explicou que foi uma falha que não estava prevista e os ensaios para saber o que terá acontecido continuam.
Até o momento, a explicação é de que houve descarga das baterias das torres e quando se fez a ligação dos geradores a corrente não chegava às torres.
“Em todos os edifícios, nós temos um sistema de backup, que entra em funcionamento logo que ocorre corte de energia pública. É normal haver corte de energia eléctrica, tanto que esse problema ocorreu apenas nas torres de controlo”, explicou Zualo, prosseguindo que as torres “têm um sistema de UBS, esse grupo de UBS teve descarga de bateria. Quando há corte de energia, o grupo dos geradores leva a corrente para UBS que alimentam o funcionamento das torres, mas desta vez não correspondeu e falhou”.
Aquele engenheiro explica que não é normal descarregar esses UBS, mas “os técnicos que estavam de serviço tentaram apurar as causas para repor o sistema, por isso que até às 10:50 já tínhamos as comunicações a funcionar”.
Segundo nossas fontes, foi por volta das 10:50 que a corrente eléctrica. Zualo garantiu estarem em curso testes para “evitar que o problema se repita”.
“Portanto, foi algo imprevisto, uma falha e é por isso que continuamos a trabalhar para que [o problema] não volte a acontecer”, sentenciou.
As torres de controlo de tráfego aéreo fornecem indicações e autorizações de voo, de acordo com as características operacionais das aeronaves e das condições de tráfego em determinado momento. Essas autorizações podem incidir sobre a rota, altitude e/ou velocidade propostas pelo operador da aeronave, para determinado voo, devendo os pilotos avaliar e/ou cumprir as instruções/autorizações recebidas.
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