Hidroelétrica de Mphanda Nkuwa começa a produzir energia a partir de finais de 2030

DESTAQUE ECONOMIA

A baragem de Mphanda Nkuwa, na província de Tete, região Centro do país, orçada em pouco mais de 4.5 mil milhões de dólares e com uma capacidade de produção de 1500 megawatts de energia poderá iniciar a operar a partir de finais de 2030. Neste momento o gabinete de implementação daquele que é um dos mais importantes empreendimentos hidroelétricos na era pós independência encontra-se a procura potenciais investidores estratégicos e financeiros, para o desenvolvimento do projecto e infra-estruturas associadas de transporte de energia.

Ângela Fonseca

A informação foi avançada, esta quarta-feira, em Maputo, pelo director-geral do Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), Carlos Yum, a margem da assinatura do acordo de cooperação com a  Associação Internacional de Hidroelectricidade, financiada pela Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (NORAD), que tem em  vista a formação de quadros nacionais e avaliação da sustentabilidade ambiental do empreendimento, uma das exigências dos financiadores.

Carlos Yum garantiu que  no presente ano será lançado um concurso para selecção do parceiro estratégico, por forma a garantir que haja recursos para iniciar as obras de construção da barragem em 2024, tendo avançado que há bons indicadores em relação a possíveis investidores.

“O trabalho que estamos a fazer é para podermos produzir o fecho financeiro e início da construção até finais de 2024. Estudos actualizados indicam que os trabalhos irão durar cerca de cinco a seis anos, o que nos faz crer que até finais do ano de 2030 a hidroeléctrica possa começar a produzir energia”.

Ao abrigo do projecto, está prevista a construção de uma linha de 1600 quilómetros de transporte de energia entre as províncias de Tete e Maputo.

Já o director nacional de Energia no Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Pascoal Bacela explicou que a implementação do projeto de desenvolvimento poderá aumentar a capacidade actual de energia para cerca de pouco mais de quatro mil megawatts.

“Neste momento estamos com uma capacidade instalada de 2.400 megawatts e vai atingir muito aproximadamente 2.850 megawatts com a conclusão da central de Temane, adicionando o Mpanda Nkuwa em 2030, que é o prazo previsto para a sua conclusão, teremos 2.850 mais 1500 megawatts. Isso corresponde às necessidades de desenvolvimento”, afiançou Bacela.

Refira-se que em termos de representação accionista, o projecto Mphanda Nkuwa terá a participação do Estado moçambicano, através da Electricidade de Moçambique (EDM) e da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), com acções entre 30 e 35 por cento. A restante participação será pertença de investidores privados.

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