PM garante que o Executivo esta a tomar medidas para estancar a onda dos raptos

DESTAQUE POLÍTICA

Perante aos olhos impávidos das autoridades da lei e ordem os raptores continuam a semear terror nas principais cidades moçambicanas. Devido a onda de instabilidade que se vive no país, muitos foram os empresários de origem asiática que abandonaram os seus negócios, tendo regressado às suas zonas de origem. Muitas foram as vozes da sociedade civil que criticaram a postura do Governo face ao clima de volubilidade que se vive em Moçambique. Entretanto, nesta quarta-feira, 27 de Outubro, Primeiro – ministro, Carlos Agostinho de Rosário, avançou que Executivo está a tomar medidas para estancar a onda dos raptos na perola do indico.

Na sessão de Informações do Governo no Parlamento, Carlos Agostinho de Rosário declarou que, actualmente, a nível político, Moçambique vive um ambiente de estabilidade, caracterizado pelo normal funcionamento das instituições democráticas, assim como pelo respeito dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos constitucionalmente consagrados.

“A situação geral de segurança no nosso país é estável. Em Cabo Delgado, a situação caracteriza-se por acções de desmantelamento das bases e perseguição dos terroristas, uma acção levada a cabo pelas Forças de Defesa e Segurança, em coordenação com as forças da SADC e do Ruanda”.

Sobre a chegada dos militares ruandeses ao teatro operacional norte, o Primeiro – ministro, reiterou que as acções desencadeadas pelo Chefe de Estado foram, acima de tudo, motivadas pela necessidade de se eliminar as acções bárbaras dos terroristas e, desta forma, salvar vidas humanas e aliviar o sofrimento da população.

“Nenhum Governo e seus dirigentes poderiam ficar indiferentes a situações de extremo terror e violência, onde pessoas indefesas são decapitadas, raptadas e mesmo as crianças inocentes não são poupadas destes actos hediondos. Ciente das suas responsabilidades, o Governo de Moçambique não abdicou da sua missão de proteger a população, garantir tranquilidade, segurança e integridade territorial em face de qualquer tipo de ameaça. As acções do Governo no âmbito do combate ao terrorismo no norte de Cabo Delgado têm a sua conformidade no ordenamento jurídico do nosso país e enquadram-se nos instrumentos jurídicos internacionais de que somos partes e signatários”.

De referir que tomando em conta o grau de destruição do tecido social e econômico dos distritos do norte de Cabo Delgado, a par da necessidade de se garantir assistência humanitária, condições sociais básicas, reconstrução das infraestruturas públicas e privadas, o Governo aprovou o Plano de Reconstrução de Cabo Delgado. Para o efeito, o numa primeira fase o Governo preconiza acções de impacto imediato, de curto e médio prazos.

“Em relação as acções de impacto imediato, o Governo pretende, em primeiro lugar, garantir assistência alimentar de emergência as pessoas que se encontram nas zonas afectadas e aquelas que acabam de regressar às suas zonas de origem. A título ilustrativo, estamos a providenciar assistência em bens alimentares e não alimentares para as populações dos distritos de Quissanga, Nangade.

A instabilidade que se vive em Moçambique preocupa sobremaneira a camada empresarial que, por sua, vez já pediu acções concretas ao Governo para acabar de uma vez por todas com o fenômeno dos raptos no país. Em relação aos sequestros, o Primeiro – Ministro declarou que “o Governo está tomar medidas adequadas e estruturais para fazer a face à situação. Quanto a situação militar na zona centro do país, registamos uma relativa estabilidade da ordem, segurança e tranquilidade públicas”.

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