O Hospital Central de Maputo (HCM) internou, em 2020, um total de 679 bebés nascidos prematuramente, dos quais 457 sobreviveram.
Os dados foram divulgados recentemente em Maputo, pela Directora do Serviço de Neonatologia do HCM, Ivana Dias, por ocasião da celebração do Dia Mundial da Prematuridade, cujo lema global, este ano, é “Separação Zero: Aja Agora! Mantenha pais e bebés prematuros juntos”.
A Médica Neonatologista aponta doenças crónicas, como a diabete, a hipertensão e as infecções genitourinárias durante a gestação, como sendo os principais factores por detrás da prematuridade, no entanto, esclarece que as mesmas podem ser controladas durante as consultas pré-natais, daí que recomenda a todas as mulheres grávidas a aderirem às consultas pré-natais, como forma de controlar os factores de risco e evitar partos prematuros.
Ivana Dias explica que os partos prematuros podem ocorrer de uma forma geral em qualquer mulher grávida, mas destaca aquelas com idades abaixo dos 18 anos ou superior aos 35 e as que não fazem consultas pré-natais como sendo as de maior risco.
Sublinhou ainda que algumas crianças nascidas prematuramente e que sobrevivem podem desenvolver sequelas cerebrais, principalmente as que nascem com menos de 32 semanas, podendo levar a alterações cognitivas, cegueira, surdez, hiperactividade e outras complicações.
A especialista tranquiliza dizendo que algumas são tratáveis, mas a maioria necessita de um seguimento multidisciplinar, daí a necessidade de se seguir estritamente todas as recomendações feitas pelos profissionais de saúde durante as consultas pré-natais.
Os nascimentos prematuros constituem grande desafio para o HCM e o país no geral, por se tratar da principal causa de internamento e morte em crianças menores de cinco anos.
A maior unidade sanitária do país vem registando um elevado número de sobrevivência em bebés prematuros, facto resultante dos investimentos feitos e da dedicação dos profissionais de saúde em garantir qualidade de vida dos recém-nascidos.
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