Moçambique recebe barcos para travar a movimentação dos terroristas pelo mar

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O terrorismo não é uma guerra só de Moçambique, mas sim um fenômeno que preocupa sobremaneira todas as nações do mundo. Muitos foram os países que estenderam a mão para ajudar o Governo a repor a ordem e tranquilidade na província de Cabo Delgado. Com vista a apoiar Moçambique a travar a insurgência pelo mar, a Índia doou, na terça – feira, 28 de Dezembro, duas embarcações de patrulhas. Além dos barcos, o governo daquele país asiático ofereceu 500 toneladas de arroz e kits de prevenção contra a Covid-19.

Em Setembro do ano em curso, o Coordenador de Pesquisa no Instituto de Segurança para Governança e Liderança em África, François Vreÿ, defendeu que Moçambique precisava mudar o foco para prevenir a criminalidade no mar, tendo destacado a insurgência armada em Moçambique.

Vreÿ avançou, por outro lado, que o país não disponha de meios para proteger a sua costa e que tinha que ser auxiliado pelos países da região Austral. Enquanto aguarda pela ajuda dos países da África Austral para combater a criminalidade no mar, Moçambique recebeu na terça feira, 28 de Dezembro, dois barcos que, segundo o ministro da Defesa, vão patrulhar a costa moçambicana para que não seja usado como porta de entrada dos terroristas.

“Estas embarcações constituem um enorme contributo para a manutenção da segurança ao longo da nossa costa e sucesso das operações militares contra os terroristas no Teatro Operacional Norte, pois irão reforçar a vigilância contra qualquer acção criminosa, particularmente a movimentação dos terroristas através do mar”, avançou Cristóvão Chume para depois acrescentar que além das duas embarcações o governo indiano doou ainda 500 toneladas de arroz e kits de prevenção contra a Covid-19.

Por sua vez, em representação do governo indiano, Ankan Banerjee, alto – comissariado da Índia em Moçambique, foi parco nas palavras, tendo declarado que o apoio é fundamentado no interesse do bem – estar dos povos.

“Estamos a procurar trabalhar com o Governo moçambicano, em geral, e com as Forças de Defesa moçambicanas, em particular, para alinhar os nossos interesses comuns e consensos na região, assim como para garantir benefícios para os nossos povos neste lindo e caloroso país.

Refira-se que a insurgência, que desde 2017 tem semeado luto e terror na província de Cabo Delgado, segundo a ACLED, já provocou mais de três mil mortos e perto de um milhão de deslocados

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