Custo de vida tende a subir nas principais cidades do país

DESTAQUE ECONOMIA SOCIEDADE

O preço dos produtos básicos atingiu níveis insustentáveis para os consumidores de distintos estratos sociais em Moçambique. O custo de vida, que tende a subir a cada ano que passa, tem obrigado os moçambicanos a “apertar o cinto”. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), as principais cidades do país, nomeadamente Maputo, Beira e Nampula, em comparação com o mês de Dezembro, registaram um aumento de preços na ordem dos 2,18%.

A cesta básica desenhada para fixação do salário mínimo nacional é composta por arroz, farinha de milho, óleo vegetal, açúcar, amendoim, feijão manteiga, peixe, sabão, hortofrutícolas e pão. O cabaz, para o sustento de um agregado familiar-tipo em Moçambique (com cinco pessoas) durante um mês, supera o salário mínimo nacional.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas, no primeiro mês do ano em curso o país registou uma inflação de 2,18%, sendo que as divisões de alimentação, bebidas alcoólicas e inflação eh contribuíram no total da variação mensal com cerca de 1,21 e 0,51 pontos percentuais (pp) positivos.

“Tendo como referência dados recolhidos em Janeiro findo, nas Cidades de Maputo, Beira e Nampula, quando comparados com os do mês anterior, indicam que o País registou uma inflação na ordem de 2,18%. As divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Transportes foram as de maior destaque, ao contribuírem no total da variação mensal com cerca de 1,21 e 0,51 pontos percentuais (pp) positivos, respectivamente”.

Olhando para os dados relativos ao mês de Janeiro, o tomate é o produto que viu o seu preço a ser inflacionado na ordem dos 21,9%. O preço com o aumento de preço na ordem dos 15,5% segue na segunda posição , enquanto os transportes semi-colectivos urbanos e suburbanos de passageiros (9,3%) seguem na Terceira e última posição do pódio.

“Em relação a variação mensal por produto, é de destacar o aumento dos preços do tomate (21,9%), de transportes semi-colectivos urbanos e suburbanos de passageiros (9,3%), do coco (15,5%), de veículos automóveis ligeiros em segunda mão (5,1%), de refeições completas em restaurantes (1,7%), do frango morto (7,1%) e do arroz em grão (6,2%)”

O Instituto Nacional de Estatística refere ainda que os produtos que viram os seu preços inflacionados contribuíram no total da variação mensal com cerca de 1,47 pp positivos, mas destacou que alguns produtos com destaque “para a galinha viva (5,5%), o camarão fresco (6,2%) e o limão (16,1%), contrariam a tendência de aumento, ao contribuírem com cerca de 0,10 pp negativos”.

Ainda de acordo com o INE,  o país registou no mês em análise, um aumento de preços na ordem de 7,80%, sendo que “as divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Restaurantes, hotéis, cafés e similares, foram em termos homólogos as que registaram maior variação de preços com cerca de 10,92% e 9,12%, respectivamente”.

No que à variação mensal diz respeito nas principais cidades do país, ou seja, Maputo, Beira e Nampula, o INE observa que houve aumento dos preços. Em Janeiro, a Cidade da Beira foi a cidade mais cara do país uma vez que registou uma inflação dos preços na ordem dos 2,60%. A cidade de Maputo, por sua vez, registou aumento de 2,29%, enquanto Nampula foi a cidade menos cara do país com o aumento de preços de 1,69%.

Contudo, relativamente a variação homóloga, a Cidade de Maputo liderou a tendência de aumento do nível geral de preços com aproximadamente 8,81%, seguida da Cidade de Nampula com cerca de 7,87% e por último a Cidade da Beira com 4,93%.

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