Exxon Mobil condiciona Decisão Final de Investimento a cláusula de “força maior”

DESTAQUE ECONOMIA

A tomada de decisão final de investimento pela Exxon Mobil está dependente do levantamento da cláusula de “força maior” accionada pela francesa TotalEnergies para suspender o seu projeto na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.

“Vamos retomar o processo da Decisão Final de Investimento (DFI) assim que a TotalEnergies afastar a declaração de força maior”, disse o vice-presidente da Exxon Mobil para África, Walker Keinsteiner, num encontro em Washington com o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela.

Aquele responsável da ExxonMobkl refere que o desenvolvimento dos projectos de gás natural em Moçambique é uma “prioridade” para a petrolífera norte-americana, manifestando satisfação com os progressos registados no combate aos grupos armados na província de Cabo Delgado.

O vice-presidente da Exxon Mobil para África assinalou que os avanços conseguidos pelas forças conjuntas de Moçambique, Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e Ruanda no combate aos grupos armados que protagonizam ataques no norte do país transmitem confiança para a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento dos projectos de gás natural.

“Isto dá-nos confiança, estamos satisfeitos e estamos encorajados”, afirmou.

Walker Keinsteiner expressou optimismo com a perspetiva de regresso das populações obrigadas a fugir das suas zonas de origem nos distritos afectados pela violência armada.

O governo tem em carteira um programa de retorno de pelo menos 10 mil pessoas até Junho do presente ano, que conta com apoio de várias entidades incluindo a Total Energies.

Max Tonela encontra-se em Washington a participar nas Reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).

Os projectos de gás natural da bacia foram suspensos depois de ataques terroristas, o que obrigou a TotalEnergies a activar a cláusula de “força maior”.

Em 2021, a Exxon Mobil terá adiado o DFI pela terceira vez. Este projecto, com DFI pendente desde 2017, tem custos semelhantes que o projecto da Área 1, liderado pela Total, cujo investimento em curso é tido como o maior em África, avaliado entre 23 a 25 mil milhões de dólares.

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