Moçambique foi único candidato com 100% dos votos e é desde hoje, membro do Conselho da Segurança da ONU

DESTAQUE POLÍTICA

A Assembleia Geral das Nações Unidas votou, hoje (quinta-feira, 9), a favor da entrada de Moçambique como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, numa sessão realizada em Nova Iorque. Moçambique, que deverá cumprir o biénio 2023-2024, está no assento reservado ao grupo regional africano, e vai substituir o Quênia, que cumpre o seu mandato de dois anos.

A votação aconteceu no decorrer da 77a Sessão da Assembleia geral das Nações Unidas (ONU). Além de Moçambique os países presentes também votaram a favor da entrada de Equador, Japão e Suíça no órgão, que sucedem a Índia, Noruega, México e Irlanda. Entram pela primeira vez no órgão Moçambique e Suíça.

Entre os cinco candidatos às vagas dos diversos grupos regionais, Moçambique foi o único a obter a totalidade dos votos, 192. O Equador obteve 190, o Japão 184, Malta 185 e Suíça obteve 187 votos. Os novos integrantes do órgão vão cumprir um mandato de dois anos, com início em Janeiro de 2023.

O Conselho é composto por 15 membros, cinco deles permanentes: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido. Os outros dez lugares são ocupados por períodos de dois anos, cinco dos quais são anunciados a cada ano. Japão, Suíça, Moçambique, Malta e Equador foram escolhidos pela Assembleia Geral da ONU em votação secreta.

Nyusi Jubila e destaca experiência a partilhar

O Presidente da República, Filipe Nyusi, reagiu em comunicação à Nação a eleição de Moçambique, afirmando que o país mantém o seu compromisso inabalável de resolver conflitos mundiais por intermédio do diálogo. Aliás, esta sempre foi a sua posição em relação às guerra no Ucrânia

O Chefe do Estado disse igualmente que o país vai ser porta-voz de todos os Estados que confiaram o seu voto para a solução dos seus problemas através do Conselho de Segurança da ONU.
Considerou a eleição um marco indelével na história dos 47 anos da independência nacional, a assinalar a 25 de Junho corrente.
Nyusi defende que Moçambique vai levar para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, órgão que zela pela paz no mundo, a sua experiência de diálogo que culminou com a assinatura do Acordo Geral de Paz, em Roma, Itália e o Acordo de Paz e Reconciliação de Maputo, rubricado em 2019, pondo fim a vários anos de guerra no país.
Ainda na sua comunicação, garantiu que vai continuar a envidar esforços no sentido de resolver os problemas do terrorismo que se verifica em alguns distritos da província de Cabo Delgado.

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