Japão desembolsa perto de 4 milhões para deslocados e para abrandar o custo de vida

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O governo de Japão chamou a imprensa, semana passada, para anunciar o desembolso de 3,9 milhões de dólares (JPY 520 milhões) ao Programa Mundial para a Alimentação (PMA) em Moçambique, para enfrentar a insegurança alimentar em comunidades afetadas pela seca no sul e nas famílias deslocadas pela violência no norte de Moçambique.

De acordo com o embaixador do Japão em Maputo, Kimura Hajime, do valor global, 2,4 milhões de dólares vão apoiar o PMA na compra de alimentos e prestação de assistência humanitária a mais de 36.100 pessoas deslocadas pela violência em curso no norte de Moçambique.

Atualmente, 946.500 pessoas estão deslocadas pelo conflito no norte (OIM, Julho de 2022) e precisam de assistência alimentar.

O restante, 1,5 milhão, será usado para responder à situação global de segurança alimentar afetada pelo conflito na Ucrânia. Isso fornecerá assistência alimentar de emergência a 17.800 pessoas em situação de insegurança alimentar, agravada pela seca nas províncias do sul de Gaza e Inhambane de Outubro de 2022 a Março de 2023 – a época de escassez.

Em 2021, o sul de Moçambique registou o último trimestre mais seco dos últimos 40 anos, atrasando e afetando a época de plantação, segundo o Relatório do Estado do Clima produzido pelo Instituto de Meteorologia de Moçambique (INAM) e o PMA.

A contribuição do Governo do Japão ajudará a melhorar a segurança alimentar entre as famílias mais vulneráveis ​​de Moçambique, que foram afetadas por desastres climáticos recorrentes e pelo prolongado conflito no norte em curso desde 2017.

“O Governo do Japão está extremamente preocupado com a situação da segurança alimentar em Moçambique”, disse Hajime.

“O Japão decidiu cooperar com 2,4 milhões de dólares em apoio aos moçambicanos que enfrentam a crise alimentar. E o Japão está a doar mais 1,5 dólares milhões para apoiar Moçambique na resposta à deterioração da segurança alimentar global, agravada pela situação na Ucrânia – parte da assistência à segurança alimentar anunciada pelo primeiro-ministro Japonês, Kishida, na cúpula do G7, em Junho deste ano”, sublinhou o Embaixador do Japão.

“Agradecemos a generosa contribuição do Governo do Japão, que está a ajudar o PMA a fornecer assistência alimentar humanitária às pessoas mais necessitadas no sul e no norte de Moçambique”, disse o Director Adjunto do PMA, Pierre Lucas. “As contribuições contínuas do Japão estão salvando vidas, melhorando a segurança alimentar das famílias mais vulneráveis e ajudando a construir a resiliência das comunidades aos choques futuros”.

O Governo do Japão é um parceiro de longa data do PMA em Moçambique. A contribuição anterior do Japão para a assistência humanitária do PMA foi em 2020 e início de 2021, com um orçamento de 5,29 milhões de dólares no total para fornecer assistência alimentar e apoio de subsistência aos refugiados e aos requerentes de asilo no Campo de Reassentamento de Maratane na Província de Nampula e aos deslocados internos na província de Cabo Delgado. Em maio de 2019, o Japão contribuiu com 6,9 milhões de dólares para a prestação de assistência alimentar de emergência às pessoas afetadas pelo ciclone Idai no centro de Moçambique.

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