• Abandono de postos de abastecimento coincide com a denúncia do Chefe do Estado

 

São no total 150 motoristas das gasolineiras que estão retidos na Zâmbia há mais de uma semana por motivos que nem o patronato deles quer avançar. De acordo com dados na posse do Evidências, os motoristas, na sua maioria moçambicanos, viram os seus passaportes confiscados pelo patronato que nos últimos meses tem mostrado sinais de desistir do negócio. Esta postura coincide com a denúncia do Presidente da República, Filipe Nyusi, de que há a existência de proprietários de combustível ao nível da província de Sofala que usam aquele negócio para lavar dinheiro e posteriormente financiar o terrorismo na zona norte do país.

 

Jossias Sixpence

 

Discursando à margem da reunião com o Conselho Executivo e de Representação do Estado na visita de trabalho que realizou na província de Sofala, o Presidente da República destacou a proliferação de bombas naquele ponto do país, tendo destacado que o Governo tem informações que dão conta de que há pessoas que usam aquele negócio para subsidiar o terrorismo.

 

“Algumas pessoas, proprietários de bombas de combustível, fugiram. Quando os fomos procurar tinham desaparecido. Eram donos de algumas bombas”, declarou o Chefe de Estado, para depois desafiar a Autoridade Tributária e o Ministério dos Recursos Minerais e Energia para terem mais pujança nos processos de fiscalização.

 

“Vocês têm de controlar isso. A proliferação sim, se é para o desenvolvimento. Mas se for para lavagem de dinheiro, não. Movimentam sim dinheiro, mas de forma legal”.

 

Por outro lado, o Presidente da República criticou as autoridades governamentais por não monitorarem agentes económicos que fazem falsas declarações na hora de exportar produtos, tendo destacado a madeira que é transportada em contentores como se tratasse de um produto qualquer.

 

A pesca ilegal mereceu igualmente comentários do Chefe do Estado, uma vez que nos últimos anos tem atraído diferentes grupos que usam pescadores artesanais para fintar as autoridades da lei e ordem no que toca ao pagamento de taxas.

 

150 motoristas das gasolineiras retidos na Zâmbia por motivos desconhecidos

 

Cerca de 150 motoristas das gasolineiras estão retidos na Zâmbia há mais de uma semana. De acordo com dados na posse do Evidências, os motoristas, na sua maioria moçambicanos, viram os seus passaportes confiscados pelo patronato que nos últimos meses tem mostrado sinais de desistir do negócio.

 

“Os motoristas estão retidos na Zâmbia, saíram para ir descarregar e voltar como sempre, mas até agora não voltam porque os patrões arrancaram os passaportes”, disse a fonte, para depois acrescentar que os motoristas pretendiam fazer uma manifestação porque perceberam que a empresa pode fechar as portas a qualquer momento.