Celebrou-se na quarta-feira, 14 de Setembro, o Dia do Advogado. O dia era de festa, mas o Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique, Duarte Casimiro, mostrou-se preocupado com a fraca qualidade da justiça no país e com o crescimento de indivíduos que exercem a advocacia sem serem advogados. Entretanto, a ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena considerou que há uma fraca formação e capacitação dos advogados, tendo igualmente reforço de medidas no âmbito do estágio dos advogados
Depois de depositar uma coroa de flores Praça dos Heróis Moçambicanos no âmbito das celebrações do Dia do Advogado, Duarte Casimiro assumiu que tende a crescer no país o número de indivíduos que exercem a advocacia sem formação o que, de certa forma, acaba lesando os interesses do cidadão
“A Ordem vê-se envolvida a ter que resolver problemas que são criados por pessoas que nem sequer têm formação. Às vezes, alguém aparece com um letreiro a dizer que é despachante ou contabilista, mas lá por dentro estão a exercer a advocacia por pessoas que não têm qualidade para o efeito. O que nos preocupa mais é quando lesam os interesses do cidadão”, disse Casimiro.
Reagindo às reclamações da Ordem dos Advogados, a ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, reconheceu a fraca qualidade dos advogados que têm sido formados nos últimos anos e sugeriu medidas com vista a mudar o actual cenário.
“Há necessidade de se apostar mais na formação e fazer uma formação com capacidade. Denota-se que está havendo uma fraca formação e capacitação desses técnicos. Há um conjunto de medidas que devem ser tomadas no âmbito da própria formação e no âmbito do próprio estágio que eh feito, os advogados passam por um estágio, penso que ao nível depuramento porque primeiro passam por uma formação que é no direito, mas depois tem que haver um reforço mesmo no âmbito do estágio dos advogados”, destacou Kida.
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