Último ataque terrorista provocou mais de 10 mil deslocados em Namuno

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O ataque terrorista ocorrido na semana passada, no distrito de Namuno, mais à sul de Cabo Delgado, resultou na deslocação de 10 390 pessoas, das suas comunidades. Mais da metade dos deslocados (6 242) são crianças que não puderam realizar as provas finais depois que as escolas ficaram fechadas e abandonadas.

Na recente visita de trabalho e solidariedade do Governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, ao distrito de Namuno, a administradora local, Maria Felisbela Lázaro, apontou a situação como preocupante e decifrou que das perto de 10. 400 pessoas deslocadas, em resultado do ataque terrorista, no posto administrativo de Hukula, concretamente na aldeia Muramiea, 6.242 são crianças, 2.263 mulheres e 1.785 homens.

Maria Felisbela, disse que as autoridades locais estão empenhadas na sensibilização da população, para o regresso às duas casas, ao mesmo tempo que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão no terreno para garantir segurança à população.

A pesar desta garantia, as populações continuam a abandonar as aldeias para locais considerados seguros. Segundo um chefe de uma família deslocada num centro de acolhimento em Namuno, os deslocados de Mocímboa da Praia e Macomia começaram a deixar aquele distrito desde última quinta-feira, quando mais um alarme sobre a circulação de terroristas nas proximidades do posto administrativo de Machoca foi emitido.

“Evidências” apurou neste domingo, que algumas famílias de deslocados do distrito de Namuno, atravessaram o rio Lúrio e estão acolhidos numa aldeia do distrito de Lalaua, na província de Nampula, mas sem qualquer assistência alimentar.

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