Médicos adiam início da greve para 05 de Dezembro

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No dia 26 de Outubro do ano em curso, em protesto contra as irregularidades detectadas na Tabela Salarial Única, os médicos, encabeçados pela Associação Médica de Moçambique, decidiram paralisar as actividades durante 21 dias, ou seja, entre o dia 07 e 28 do próximo mês de Novembro. Entretanto, no domingo, 06 de Novembro, A Associação Médica de Moçambique anunciou que decidiu adiar o início da greve a escala nacional para dar tempo ao Executivo para corrigir as irregularidades dectectadas na Tabela Salarial Única e, por outro lado, cumprir com as promessas que vêm sendo apresentadas à classe desde 2013.

Os médicos entendem no seu caderno de reivindicações que o Governo faltou com respeito com a classe, uma vez que algumas promessas não foram cumpridas no âmbito da implementação da Tabela Salarial Única, tendo agendado uma greve de 21 dias cujo o início estava agendado para o dia 07 do corrente mês de Novembro.

No entanto, depois dos pronunciamentos do Presidente da República, Filipe Nyusi, e do Ministro da Saúde, Armindo Tiago, a desaconselhar a greve, a Associação Medica de Moçambique decidiu alterar a data do início da greve para 05 de Dezembro.

Esta decisão foi tomada de uma reunião nacional no passado dia 04 de Novembro e tornada pública volvidos dois dias, ou seja, no dia 06. De acordo com Milton Tatia, presidente da Associação Médica de Moçambique, o adiamento do início da greve visa dar tempo ao Governo para cumprir com as promessas acordadas entre as duas partes.

“A classe ainda não está satisfeita. Ainda tem em memória várias promessas e acordos com o Governo, inclusive escritos. Pela abertura que o Governo mostrou neste segundo encontro, reunimo-nos e decidimos remarcar a data de início da greve para 5 de Dezembro, para dar tempo ao Governo de cumprir os pontos que foram acordados”, declarou.

Em Julho, logo após a divulgação da Tabela Salarial ora revista, os médicos não esconderam a sua insatisfação e chegaram a convocar uma greve que no entanto não aconteceu devido ao recuo do Governo na implementação da TSU, mas, na altura, deixaram claro que caso a revisão da Tabela Salarial Única não resolva as suas preocupações iriam sair à rua.

O Presidente da Associação Medica de Moçambique referiu que a classe decidiu adiar o início da greve, contudo os objectivos ainda continuam intactos, uma vez que se o Governo não pronunciar antes do dia 05 a greve vai mesmo avançar.

“Nós ainda achámos acordo em relação a um ponto fundamental do nosso caderno reivindicativo, que é o enquadramento, e não existe consenso sobre os subsídios que estão previstos na lei do nosso estatuto dos médicos e por decreto do Regulamento Estatuto do Médico na Administração Pública”.

Por outro lado, Tatia declarou não reconhecer a minuta do encontro entre o Executivo e Associação Medica de Moçambique que circula nas redes sociais, tendo declarado que a instituição por si chefiada vai emitir um comunicado sobre os principais pontos acordados neste segundo encontro com o Governo.

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