Nyusi “finta” corrupção e destaca construção de mais infra-estruturas no seu ciclo de governação

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Desde que ascendeu ao poder, o actual Presidente da República hasteou bem alto a bandeira da luta contra a corrupção na função pública.   Entretanto, na hora de fazer o balanço dos três anos do segundo ciclo de governação, Filipe Jacinto Nyusi decidiu fintar a luta contra à corrupção e destacar a construção de mais infra-estruturas. Apesar da incerteza sobre a situação de terrorismo na província de Cabo Delgado, o Chefe de Estado falou da pacificação do país.

Quando chegou a Ponta Vermelha, Filipe Nyusi apontou a luta contra à corrupção como o seu cavalo de batalha. Nos seus discursos, o Presidente da República tem reiterado que se deve combater a corrupção com mais vigor, desafiando aos gestores para não temerem as auditorias. Entretanto, a guerra do “Empregado do Povo” contra o fenómeno que ano pós anos defrauda os cofres de Estado parece “sol de pouca dura”.

Ainda sem resultados palpáveis na luta contra à corrupção, na abordagem dos três anos do segundo ciclo da sua governação, Nyusi viu-se obrigado a destacar a edificação de várias infra-estruturas ao longo do país e os acordos alcançados com a Renamo.

“Falando de infra-estruturas, por exemplo, nos ciclos em que estamos à frente, não olhem para as infra-estruturas centradas na capital do país ou numa certa região, para dizer que construímos numa certa região, não. Nós chegámos a uma opção de descentralizar a construção. Após o Acordo de Roma, quando em 2015 iniciámos a governação, havia ainda ataques, havia guerra, ninguém estava em paz, tivemos que trabalhar neste sentido e chegámos a uma fase actual em que os nossos irmãos da Renamo já não vivem nas montanhas”, referiu Nyusi.

Apesar dos avanços das Forças de Defesa e Segurança no Teatro Operacional Norte, a luta contra o terrorismo parece longe do fim, uma vez que os grupos armados continuam a semear luto e terror naquela parcela do país. Olhando para o actual cenário na província de Cabo Delgado, o Chefe de Estado reconheceu que a situação do terrorismo não será ultrapassada no seu mandato.

“Outra questão, e o elemento novo, é o terrorismo; estamos a conter, estamos a gerir, estamos a conviver para vermos que o país continua estável. O terrorismo é um facto universal, ninguém pode dizer que é legado combater o terrorismo, porque não sabe em que metamorfose ele vai surgir amanhã”.

Nas entrelinhas, o Chefe falou dos projectos que estão a ser levados a cabo pelo Executivo, tendo referido que a Tabela Salarial Única está a “estabilizar o movimento” e que tem tudo para avançar.

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