O Governo moçambicano tornou público, na segunda-feira, 30 de Janeiro, que está a trabalhar com as autoridades sul – africanas com propósito de investigar os casos dos carros provenientes de Moçambique queimados naquele país. Entretanto, no mesmo dia em que o Executivo se pronunciou dando conta que já havia sido montado um dispositivo de segurança para impedir a vandalização de viaturas, os criminosos voltaram a incendiar mais uma viatura.
Texto: Redacção
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Veronica Macamo, na tentativa de tranquilizar os transportadores que saem de Moçambique com destino a África de Sul e vice-versa, assegurou que destruição de veículos oriundos de Moçambique não voltaria a acontecer na terra do rand, mas, debalde, os criminosos voltaram a exibir a sua musculatura perante a impavidade das autoridades da lei e ordem da África do Sul.
A Associação de Transportadores Rodoviários Internacionais da Baixa, na voz do seu presidente, Frederico Lopes, mostrou-se, mais uma vez preocupado com o fenômeno.
“A situação não está boa. Ontem, depois de termos estado reunidos com o Director Nacional de Transportes e Segurança, no ministério dos Transportes e Comunicações, recebemos mais esta informação da destruição de mais uma viatura de um colega de Inhambane. Fizeram isso num sítio onde nós pensávamos que era seguro e alternativo àquela via problemática. Isso quer dizer que eles (os malfeitores) aperceberam-se que estávamos a fazer aquele desvio e foram lá para destruir mais uma viatura”, lamentou Lopes, citado pelo Jornal O Pais.
Para escapar da brutalidade dos criminosos cuja a nacionalidade ainda não foi revelada, os transportadores têm em cima da mesa uma proposta de mudança de rota, ou seja, ao invés da fronteira da Ponta de Ouro pretendem usar a fronteira de Namaacha.
“Estamos a pensar em usar uma outra rota. Isto é, abandonar a da Ponta de Ouro e passarmos a usar a que usávamos há 30 anos, a que passa do reino de e-Swatini. Mas não temos como tomar essa decisão sem articular com os colegas que estão do outro lado. Ademais, mesmo depois dessa decisão, ela deve ser chancelada pelo Ministério dos Transportes e Comunicações”, referiu.

Facebook Comments