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CII conclui que jogadores mancharam o nome do país e que FMF não foi transparente

A Comissão Independente de Inquérito (CII) mandatada pela Secretaria de Estado do Desporto para apurar as causas que estiveram por detrás do imbróglio que ocorreu na Argélia entre os jogadores e a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) concluiu que a postura dos jogadores para reivindicar os prémios de qualificação e de passagem aos quartas-de-final do CHAN manchou o bom nome da Selecção Nacional de Futebol, da FMF e do país em geral. Por outro lado, a CII referiu que o presidente da Federação Moçambicana de Futebol não foi transparente, uma vez que omitiu a divulgação da tabela de premiação da competição disputada na Argélia.

Depois de ouvir os intervenientes, a Comissão de Inquérito, liderada por Pedro Sinai Nhatitima, concluiu que o imbróglio entre os jogadores e a Federação Moçambique de Futebol teve influência no desempenho dos Mambas no CHAN. Aliás, a CII acredita que os Mambas teriam alcançado melhores resultados no certame.

“A CII entende que este conjunto de situações que envolveu a Selecção Nacional de Futebol, bem como o comportamento inapropriado dos dirigentes desportivos, da Equipa Técnica e dos Atletas, teve uma influência no desempenho desportivo da Selecção Nacional “AA”, pois estamos em crer que em circunstâncias normais, estariam reunidas todas as condições para a Selecção Nacional disputar os lugares de pódio da prova”,  refere o relatório  da Comissão de Inquérito para depois acrescentar que os jogadores mancharam o bom da selecção nacional e do país.

Por outro lado, a forma adoptada pelos jogadores para reivindicar os prémios de qualificação e de passagem aos quartos de final do CHAN, Argélia 2022, manchou o bom nome da Selecção Nacional de Futebol, da FMF e do país em geral, tanto a nível interno, bem como no concerto das nações”.

Para a CII, o presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat não foi transparente, uma vez que omitiu a divulgação da tabela de premiação da competição disputada na Argélia que foi adoptada em 2015 e revista no ano passado.

“O Presidente da FMF ao afirmar desconhecer a existência de uma eventual premiação na competição do CHAN, Argélia 2022, incorreu no incumprimento das suas obrigações porquanto, o Regulamento do CHAN adoptado em 2015 e revisto em 2022, é do domínio público, pese ainda o facto de ele fazer parte da Comissão Organizadora do CHAN, portanto com obrigação de ter ciência sobre a referida premiação”.

Eduardo Jumisse integrou a equipa técnica da selecção nacional por indicação de Chiquinho Conde. A Comissão de Inquérito mandatada pela Secretária de Estado de Desporto criticou o selecionador nacional pelo facto de admitido na sua equipa de trabalho um elemento sem formação exigida para o desempenho das funções de treinador adjunto.

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