- Com as eleições autárquicas à porta
- Porta – voz do MDM garante que Lutero não será o candidato do partido na Beira
- Líder do “galo” rendido a gestão de Albano Carige
- Lutero Simango inconformado com adiamento de eleições distritais
A capital da província de Sofala, Beira, foi, entre os dias 11 e 12 do corrente mês de Março, palco da III Sessão ordinária da Comissão Política do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). No encontro que juntou os militantes do partido fundado por Daviz Simango, para além dos problemas que preocupam os moçambicanos, o MDM afinou a máquina para as próximas eleições autárquicas, com destaque para aprovação do perfil dos candidatos. Na Beira, principal bastião do partido do Galo, onde governa há quatro mandatos, o actual edil, Albano Carige, que substituiu Daviz Simango, parte na linha da frente para ser o cabeça de lista do MDM, depois do ver o seu trabalho elogiado pelo líder do partido, Lutero Simango. Entretanto, dando a entender algum inconformismo em relação à decisão da Frelimo de adiar as eleições, Simango defendeu que em caso do adiamento das eleições distritais, a figura do Secretário de Estado seja extinta.
Jossias Sixpence- Beira
Quando se caminha a passos largos das eleições autárquicas, o Movimento Democrático de Moçambique parece ter finalmente arregaçado as mangas. Na abertura da reunião da Comissão Política, o líder do MDM, Lutero Simango elogiou o trabalho que tem sido feito pelo único município nas mãos do MDM.
Lutero Simango elogiou, em viva voz, a capacidade de resposta da edilidade, tendo avançado que a mesma deriva da boa governação do seu partido, que tem conseguido servir com dedicação e trazer soluções aos munícipes, apesar de nos últimos anos ser fustigada pelas mudanças climáticas.
“Permitam-nos felicitar o Governo Municipal da Beira pela capacidade instalada na Cidade da Beira para gerir as águas. Há que tirar chapéu e com devida vênia, dizer que graças a esta visão que a Beira é resiliente. Onde MDM governa a vida o povo melhora. Todos devem vir para aprenderem ”, disse Simango, naquilo que é apontado com um endoço de confiança a Albano Carige.
Aliás, tudo apontava que o actual presidente do MDM seria cabeça de lista do partido na Cidade da Beira para as próximas eleições autárquicas como vinha sendo apanágio, contudo, as dúvidas foram dissipadas pela porta–voz do “galo”, Judite Macuacua, o que, de certa forma, coloca Albano Carige na linha da frente na lista dos potenciais candidatos dentro do MDM.
Simango defende extinção da figura do Secretário de Estado
O debate em torno da viabilidade das eleições distritais, agendadas para o próximo ano foi um dos pontos da agenda III Sessão ordinária da Comissão Política do MDM, sendo que na mesma o líder do MDM referiu que as mesmas resultam de um imperativo da Constituição da República e de um acordo político entre Governo e Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), sendo que não mais nada a discutir sobre o tema.
“ Nestes últimos tempos tem havido muito debate sobre as eleições distritais, temos que estar cientes que as eleições devem acontecer dentro do comando constitucional, algumas pessoas querem debater sobre este pacote, caso avance no debate exigimos que se discuta o pacote completo da governação descentralizada, a partir da base até o topo”, frisou Simango para depois defender que em caso de um possível adiamento das eleições distritais deve-se também retirar a figura do Secretário de Estado nas províncias.
MDM disponível para liderar uma coligação da oposição
À margem do encerramento da III Sessão Ordinária da Comissão Política da terceira maior força política do país, realizada na Cidade da Beira entre os dias 11 e 12 do corrente mês de Março, Lutero Simango não fechou as portas a uma possível coligação para atacar os próximos pleitos eleitorais.
No encerramento da III Sessão da Comissão Política, o líder do MDM declarou que o seu partido está disponível para uma coligação com os outros partidos e com algumas organizações da sociedade civil para defender os interesses nacionais e dos moçambicanos.
“A direcção do partido já recebeu o mandato para discutir sobre a possibilidade ou a eventualidade de criação de coligação eleitoral para que haja uma coligação eleitoral em Moçambique com outros partidos da oposição, incluindo a sociedade civil incluindo o grupo de cidadãos eleitores, e queremos assumir que vamos cumprir este mandato com muita responsabilidade tendo em vista a nossa visão que é de Moçambique para todos e em defesa de interesses nacionais do povo de Moçambique”, declarou Simango.
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