Empresas moçambicanas e francesas estreitam parcerias para atacar oportunidades na indústria de óleo e gás

DESTAQUE ECONOMIA

A Descoberta de jazigos de gás na bacia do Rovuma colocou Moçambique na lista dos maiores produtores de gás natural em África. Para aproveitar o boom deste sector que está em fraco crescimento no país, empresas moçambicanas e francesas estiveram, entre os dias 24 e 25 do corrente mês, reunidas no Fórum de Negócios de Moçambique-França para discutir potenciais oportunidades de negócios na indústria de óleo e gás.

Texto: Teresa Simango

O Fórum de Negócios França – Moçambique, evento organizado pela Confederação das Associações Económicas (CTA) em parceria com a Câmara de Comércio e indústria França-Moçambique (CCIFM) e Embaixada da França, visava promover encontros de negócios multissectoriais para desenvolver intercâmbios entre empresas moçambicanas, francesas, das ilhas Reunião e Mayotte.

Durante o encontro, o gestor do Gabinete de Apoio Empresarial da CTA, Elias Mondlane, referiu que abriu-se uma janela para empresas francesas e moçambicanas discutirem possibilidades de parcerias de negócios com vista a atacar as potências oportunidades que virão da indústria de petróleo e gás.

“O evento vem numa altura em que muitas empresas moçambicanas, principalmente as Pequenas e Medias Empresas estão numa expectativa da retoma das actividades por parte da Total e nós, com a intenção de promover o conteúdo local, achamos estratégico unir estas empresas francesas e moçambicanas de forma que elas encontrem um espaço de discussão, oportunidade de fazer parcerias e transferência de conhecimento individualmente para atacar aqueles que podem ser os possíveis concursos provenientes da indústria de petróleo e gás”, frisou Mondlane.

Por sua vez, João Carlos Pó Jorge, director geral das Linhas Aéreas de Moçambique, destacou que uma possível parceria entre as empresas moçambicanas e francesas pode abrir novas rotas no mercado regional o que, de certa forma, pode aumentar o volume de cargas.

“Estes núcleos de negócios trazem soluções bastante práticas que nos permitirão abrir novas rotas para um dos destinos da região havendo com isso muita carga em ambos sentidos. Os empresários que cá estão tem standards muito elevado sujeito a requisitos franceses e transmite uma vontade muito grande de cooperar e cumprir objectivos. Os mercados são muito magros, precisamos estabelecer e incentivar estes mercados por forma a montar algumas operações através de ligações ou directamente de Nacala para Ilhas Reunião assim que as actividades do gás melhorarem”, disse Pó Jorge

Refira-se que ainda à margem do Fórum de Negócios de Moçambique-França, Augusta Maita, Coordenara do Gabinete de Reformas Económicas do Ministério da Economia e Finanças de Moçambique fez a apresentação do Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE).

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