Governo e parceiros lançam campanha de Alimentação Escolar para Todos

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Visando reduzir os altos índices de desistência escolar, provocados pela desnutrição, a Counterpart Internacional, em parceria com o Governo moçambicano, Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC), Creative Associates, Associação Progresso com assistência da Sesame Workshop e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), lançou, na quarta-feira, 26 de Abril, na Escola Primaria de Kufa, no distrito de Matutuine, província de Maputo, a campanha de Alimentação Escolar para Todos.

Texto: Teresa Simango

A desnutrição em crianças com idade escolar, de acordo com Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), constitui uma barreira no processo de ensino e aprendizagem em Moçambique. Para reverter esse cenário, o Governo colocou, em 2013, a alimentação escolar nos seus programas de educação.

No presente ano, o distrito de Matituine, província de Maputo, foi palco do lançamento da Alimentação Escolar para Todos, uma campanha desenvolvida pelo Nosso Futuro Brilhante e implementado por um consórcio liderado pela Counterpart Internacional, em parceria com o CESC, Creative Associates, Associação Progresso e com assistência da Sesame Workshop, tendo sido financiado pelo governo norte-americano através do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA).

Actualmente, o projecto que visa reduzir o impacto directo da desnutrição na educação está a ser implementado na província de Maputo nos distritos de Magude, Manhiça, Moamba e Matutuine, sendo que, segundo o embaixador dos Estados Unidos da América em Moçambique, os mesmos foram escolhidos devido ao alto índice de desistência escolar.

“A escolha de Matituine resultou da colaboração entre Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA) e o Governo moçambicano de acordo com o nível de vulnerabilidade da taxa de frequência e retenção da rapariga na escola apresentado, é importante que o governo colabore e crie estratégias nacional de alimentação escolar por forma a reduzir o nível de desnutrição e aumentar da taxa de frequência dos alunos”. Explicou Peter Vrooman embaixador dos Estados Unidos.

Kátia Dias, directora da Counterpart Internacional, sublinhou, por seu turno, que o projecto tem actuado em várias escolas com o objectivo de melhorar a capacidade cognitiva e reter os alunos na escola.

“O projecto está presente na província de Maputo a mais de 17 anos e mais de 72 mil crianças em 244 escolas recebem alimentação quente todos os dias com vista a reduzir a fome ao nível das crianças em idade escolar, aumentar retenção das crianças na escola e melhorar o seu desempenho. O projecto está avaliado em 25 milhões de dólares para um período de cinco anos”.

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