Flagrados e detidos dois moçambicanos na posse de um pangolim no Malawi

DESTAQUE SOCIEDADE

Dois cidadãos moçambicanos encontram-se detidos no distrito de Mchinji, a norte do Malawi acusados de tráfico internacional de animais de espécies protegidas. Os dois foram flagrados na posse de um pangolim, um animal protegido e dada a forte ameaça de extinção no mundo.

Com 40 e 46 anos de idade, os detidos são provenientes do povoado do régulo Katsabola, no distrito de Chifunde, na província de Tete, e foram flagrados pela polícia malawiana no Centro Comercial Kadziyang’ane, no distrito de Mchinji, onde procuravam mercado para a venda daquela espécie faunística.

O oficial de Relações Públicas da delegacia da polícia de Mchinji, Limbani Mpinganjira, disse que ao serem interrogados, os suspeitos revelaram que o animal foi capturado no distrito de Chifunde, na província de Tete e que, no Malawi estavam apenas a procura de um potencial comprador.

Os indiciados serão dentro de dias apresentados diante do tribunal daquele país para diante da justiça responderem pelos crimes de tráfico e venda de espécies protegidas e incorrem a uma pena de três a cinco anos de prisão efectiva e de trabalho forçado.

Importa referir que os pangolins estão no topo da lista dos animais mais procurados e traficados a nível mundial, por um lado, por serem considerados uma iguaria especialmente na culinária asiática, e por outro, por serem amplamente requisitados pela medicina tradicional asiática, por estes acreditarem que as suas escamas podem combater e curar a disfunção renal, curar a asma e melhorar os sintomas da psoríase.

No mercado negro asiático o preço das escamas de pangolim por quilograma pode facilmente ser vendido a 1.000 dólares, chegando a movimentar cerca de 20 bilhões de dólares no mundo do tráfico.

Enquanto isso, a Organização Não Governamental (ONG), norte-americana Eagle mostra-se cada vez mais preocupada com o crescente índice de tráfico de pangolins e outras espécies protegidas, visto as penas pela sua infracção são ínfimas quando comparadas às aplicadas ao tráfico de drogas.

Facebook Comments

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *