IMD considera desactivação da última base da Renamo um marco importante para paz efectiva e democracia em Moçambique

DESTAQUE POLÍTICA

O Instituto para Democracia Multipartidária (IMD) manifestou hoje, 15 de Junho, com bastante agrado a informação dando conta que a última base da Renamo foi encerrada. O encerramento desta base acontece no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens deste partido. E como tal, a organização felicita os líderes dos dois partidos pelo que considera ser um importante passo para o reforço da paz e da democracia em Moçambique. 

Como tal, o IMD felicita o Presidente da República, Filipe Nyusi e o Presidente da Renamo, Ossufo Momade pois considera que tiveram um papel essencial para que este passo fosse alcançado.

No mesmo âmbito a organização congratula e destaca o papel desempenhado pela comunidade internacional, tendo sido fundamental o envolvimento e liderança do Presidente do Grupo de Contacto e Enviado Pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas, Mirko Manzoni.

“A conclusão do desarmamento e da desmobilização dos 5221 ex-guerrilheiros é mais uma demonstração da capacidade que os moçambicanos têm de resolver as suas diferenças recorrendo ao diálogo. Apesar dos vários constrangimentos que ameaçaram o processo e o compromisso das partes, a confiança entre as lideranças e sobretudo a vontade dos moçambicanos de viver em paz foi determinante para se alcançar este feito”, declarou a organização.

Porém, o IMD apela à necessidade de se criar mecanismos que garantam a preservação da paz e consolidação dos ganhos até aqui alcançados e a sustentabilidade a médio e longo prazo desta mesma paz.

“Mais do que olhar para os antigos combatentes da Renamo de forma isolada, é preciso reconhecer que estes, retornam para zonas cujos hábitos são diferentes dos experimentados durante a sua vida militar. Por isso, deve haver uma preparação, quer dos ex-guerrilheiros, assim como das comunidades receptoras para uma convivência pacífica e sem qualquer tipo de discriminação”, afirma o IMD, para quem uma abordagem de sustentabilidade da Paz em Moçambique, não termina com um processo da DDR.

Em seu comunicado fornecido à imprensa, o IMD destaca a necessidade de se eliminarem os elementos de risco para a paz em Moçambique.

“Existem componentes do acordo que ainda estão em fase de implementação, como o pagamento das pensões, integração dos ex-guerrilheiros nas diferentes unidades das Forças da Defesa e Segurança (FDS), atribuição de talhões, reformas políticas, entre outras, mas também existem outros elementos a considerar como reforçar a confiança entre os actores em relação aos processos políticos, promoção de iniciativas de desenvolvimento, sobretudo nas zonas que foram mais afectadas pelos conflitos, facilitar o acesso aos serviços, apoiar a Renamo neste processo de transição de um partido militarizado para um partido 100 porcento civil. Este processo de transformação requer algum suporte para eliminar alguns receios que possam existir”.

A organização reitera ainda o compromisso de continuar a acompanhar o processo de construção e consolidação da Paz e da democracia em Moçambique com bastante interesse e que vai, através dos projectos em curso, procurar dar a sua contribuição no mesmo.

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