Organizações internacionais participam na desestabilização de Moçambique através das “OSC” – alerta Severino Ngoenha

DESTAQUE SOCIEDADE

Várias organizações da sociedade civil (OSC) em Moçambique que promovem a transparência, anti – corrupção e integridade são financiadas pelas organizações internacionais. À margem das celebrações do 18º aniversário do Centro de Integridade Pública (CIP), o conceituado acadêmico Severino Ngoenha alertou as OSC estão desestabilizar Moçambique ao reboque das instituições que financiam as suas actividades, advertindo que os mesmos ao invés de denunciar o que não funciona devem ter a capacidade e ousadia de começar a prospetar alternativas para que o país tenha mínimas condições de vida para o maior número de pessoas.

Severino Ngoenha reconhece que as organizações da sociedade civil precisam de meios para financiar as suas actividades, mas alerta que devem ter precaução para perceber se acções daqueles que abrem os cordões à bolsa tem finalidade para o bem de Moçambique.

“O princípio de precaução devia vos levar a pensar que o nível de compreensão que essas instituições e esses países têm são de longe e superiores a vossa capacidade de compreensão no panorama geopolítico mais global, até que ponto as vossas acções, actividades que são uma acção que participa na desestabilização de Moçambique porque Moçambique está a viver num processo de desestabilização. E essas organizações internacionais participam claramente nesta desestabilização de Moçambique”, referiu Ngoenha.

O conceituado acadêmico reiterou que Moçambique está à beira de seguir os passos do Sudão. Aliás, Severino Ngoenha alertou que as companhias majestáticas estão de regresso ao país.

“É a Total que paga um campo em Moçambique e paga escolas. No dia que perguntarmos a população se quer um passaporte da Total ou de Moçambique é lógico que as pessoas vão escolher a Total. Estamos claramente com companhias majestáticas de regresso ao nosso país. Moçambique está num grande perigo de ver uma sudanização. O Sudão foi um país integrado até pouco tempo. Primeiro dividiram o país e depois uma das partes entrou em guerra contra outra, são os interesses que jogam. O que os países que pertencem às multinacionais estão a fazer e com que interesse dentro do nosso próprio país? Questionou

Por outro lado, para além de atacar a oposição declarando que não tem “dentes” para governar, Ngoenha instou as organizações da sociedade civil para ao invés de denunciarem escândalos de corrupção terem a capacidade e ousadia de começar a prospetar alternativas para que o país tenha mínimas condições de vida para o maior número

“Talvez se a sociedade civil, as elites, os académicos e intelectuais para além da desconstrução que tem sido parte importante na luta contra a corrupção e máfia que existe também tenham que ter a responsabilidade de reconstrução. Começar a pensar num modelo de sociedade e pensar o que substituir no que estamos a desconstruir… Temos que ter a capacidade e ousadia de começar a prospetar alternativas para que o nosso país não seja espaço de denúncia do que não funciona Mas seja o engodo de um sistema que possa funcionar e trazer soluções mínimas de vida para o maior número”.

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