Renamo reitera que não volta as matas, mas ameaça fazer guerra na cidade
Moçambique comemorou nesta quarta – feira, 04 de Outubro, 31º aniversário do Acordo Geral da Paz. À margem das cerimônias centrais da efeméride, o Primeiro – Ministro, Adriano Maleiane, defendeu que o país está no caminho certo para a paz efectiva.
De acordo com Adriano Maleane, para se alcançar o objectivo da paz efectiva no país deve-se acabar com o terrorismo na província de Cabo Delgado. “Temos ainda muito que trabalhar, estamos em paz porque pelo menos não há guerra entre moçambicanos, mas infelizmente temos esta guerra que nos é movida pelos terroristas. Mas, internamente, penso que já estamos a exercer todos os ingredientes que nos levam à paz ”, disse Adriano Maleiane.
Por sua vez, o líder da Renamo, Ossufo Momade, alerta que a negação da vontade expressa nas urnas ameaça à paz, tendo considerado que é inaceitável adiar as eleições distritais.
“A paz que estamos a celebrar nestes 31 anos não pode ser posta em causa pela negação da vontade expressa nas urnas. Como moçambicanos, todos somos convocados a aceitar a vontade expressa nas urnas e a alternância governativa, porque não há governos eternos, nem governantes eternos”, referiu Momade para depois declarar que a Renamo não voltara as matas, mas vai fazer a guerra nas cidades.
“Embora eles tentem nos empurrar para a guerra, nós não vamos para a guerra… Não vamos para a guerra, vamos ficar aqui. Vamos fazer a ‘guerra’ na cidade”
Já o Provedor de Justiça, Isaque Chande, afirmou que construir a paz é papel de todos e um dos ingredientes é a redução das preocupações sociais.
“Cada um no seu dia-a-dia, na sua casa, no seu local de trabalho, deve contribuir para uma efectiva paz social. Paz não se refere apenas à arena política, mas também a ausência de criminalidade nos bairros para que as populações vivam bem”, referiu Chande.