Reina um clima de desconfiança de fraude em Nampula, após um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), afecto à Unidade de Intervenção Rápida (UIR) ter sido flagrado quando tentava introduzir na urna 10 boletins de voto pré-votados.
O caso deu-se na Escola 1º de Janeiro, arredores da cidade de Nampula, e o infractor foi descoberto por delegados da Renamo. Após se aperceber que já tinha sido descoberto, o indivíduo dobrou os boletins cuja proveniência ainda é desconhecida e tentou os engolir, mas foi debalde.
Acabou cuspindo porque não conseguia engolir um volume enorme, culminando com a sua neutralização. A situação gerou uma enorme agitação e o agente da UIR acabou sendo espancado pela população que se fazia presente em massa naquele posto de votação.
Os agentes da polícia tem direito a um voto especial, por isso acredita-se que o mesmo queria aproveitar dessa prerrogativa para poder introduzir mais do que um boletim de voto na urna, em conluio com um Membro de Mesa de Voto, que, segundo informações em nosso poder acabou sendo detido.
Refira-se que desde a noite de ontem tem sido reportada a circulação de Boletins de Voto fora do circuito normal, tendo sido expostos, em Nampula, supostos canhotos de boletins já arrancados supostamente já pré-votados.
A circulação de boletins de voto de origem desconhecida, que se supõe que sejam produzidos em paralelo com os originais simplesmente para fraude, tem sido denunciada desde as eleições de 2018 e 2019, quando começaram a ser reportados casos de eleitores que já chegavam às mesas de votação com boletins de votos pré-votados.
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