Mazula propõe voto electrônico para acabar com a desconfiança entre Estado e cidadão no período eleitoral

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Em Moçambique, segundo alguns analistas e acadêmicos, com destaque para Sérgio Chichava, Director do Instituto dos Estudos Sociais e Econômicos, as eleições nunca foram livres, justas e transparentes. Para acabar com cenário de desconfiança, o acadêmico e antigo Reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Brazão Mazula, o país devem implementar o voto electrônico.

O dia de votação nas VI Eleições Autárquicas foi marcado por ilícitos eleitorais um pouco por todo país. O antigo Reitor da mais antiga instituição do ensino superior no país defende que chegou de se apostar numa educação cívica patriótica muito forte para o cidadão confiar no Estado.

“O próprio cidadão não confia no Estado e o Estado também não confia no cidadão. Este é que é o problema neste país. É necessário chegarmos a uma certa altura que exija uma educação cívica patriótica muito forte, de todos os partidos se educarem a si próprios, como partidos que devem confiar no cidadão, educar o cidadão que deve confiar no Estado. O Estado deve, portanto, confiar no cidadão. Este é o problema de fundo nas eleições”, referiu Brazão Mazula citado pelo Jornal o País.

Para acabar com o clima de desconfiança e trazer a transparência que tem faltado nos processos eleitorais em Moçambique, Mazula defende que o país deve implementar o voto electrônico.

“O país, hoje, já cresceu muito em termos de tecnologia; pode muito bem fazer a votação de forma electrónica. Aí não há desconfiança de roubo ou enchimento de urnas. Pode haver uma margem de erro de dois por cento, o que as estatísticas permitem, mas não mais do que dois por cento. Eu penso que se pode criar uma votação electrónica”, referiu.

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