Moradores de Nkomazi protestam contra os índices de criminalidade

DESTAQUE MUNDO SOCIEDADE

Os residentes de Nkomazi em Mpumalanga marcharam pacificamente, hoje, 18 de Outubro, até o Porto de entrada de Lebombo para entregar uma petição que visa denunciar e mostrar o agastamento contra a onda de crimes que tem acontecido naquele ponto. Os moradores alegam que a criminalidade, que inclui assassinatos, sequestros e roubos aumentou na área e dizem estar tudo ligado a entrada massiva de imigrantes ilegais e indocumentados de Moçambique pela fronteira (de Lebombo) que após cometerem crimes fogem de volta para o país.

Os queixosos dizem-se fartos das actividades criminosas que segundo eles estão a aumentar a cada dia que passa, e acusam os funcionários da fronteira de corrupção pois facilitam a entrada dos criminosos em troca de valores monetários ou de outros benefícios não especificados.

“Temos pessoas que foram sequestradas nesta fronteira e foram estupradas. Esses perpetradores exigiram-lhes dinheiro, dinheiro que não tinham porque eram trabalhadores agrícolas. Também temos problemas com a passagem de carros roubados dos nossos residentes, não estamos seguros”, explica um membro da comunidade.

“Há um problema com a cerca; é fácil para os imigrantes indocumentados passarem e virem para a África do Sul”, explica outra integrante da marcha.

Por seu turno, os líderes comunitários dizem ter registos diários de viaturas que são contrabandeadas para Moçambique, e enquanto isso, casos de sequestro também aumentam. Só no mês passado, três cidadãos sul-africanos foram raptados, alegadamente por cidadãos moçambicanos e teriam sido libertados após serem torturados por cinco dias e, por conta disso os moradores de Nkomazi exigem melhores medidas de segurança.

“Eles devem reconstruir uma cerca porque esta fronteira, a linha fronteiriça que é adjacente à linha fronteiriça, não tem cerca. Também queremos iluminação em massa porque os criminosos fazem o que querem e há aqui uma questão de corrupção”, afirma Sipho Sibiya, líder comunitário de Nkomazi.

No entanto, as autoridades fronteiriças sul-africanas receberam o documento tendo prometido encaminhá-lo às instituições interessadas e relevantes para estancar o cenário e os residentes definiram 30 dias como tempo máximo para a resposta.

“Recebemos o memorando. Nós o recebemos e o reconhecemos. Iremos analisar isso e dar-lhes clareza sobre outras questões que eles precisam entender, especialmente com a questão da cerca, porque não é nossa responsabilidade”, disse Tshifhiwa Munaka, Técnico de Controle de Produtos Agrícolas de Quarentena afecto aos serviços de Lebombo.

Facebook Comments

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *