À margem da abertura Briefing Economic, presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) pediu a intervenção do Presidente da República para desbloquear os entraves para a exportação do bóer, relacionado com a emissão do certificado fitossanitário. No contra – ataque, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, garantiu que já foi retomada a emissão de certificados fitossanitários para a exportação do feijão bóer, tendo referido que há cerca de três meses que o documento não era emitido por conta da sua falsificação.
O sector privado está de costas voltadas com o Executivo devido a problemas na exportação de feijão bóer, tendo, por isso, pedido a intervenção do Chefe de Estado para desbloquear a situação.
Os empresários não podem exportar aquele produzido intramuros por falta de certificados fitossanitários. Contudo, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, garantiu que a situação que colocava o empresariado nacional e o Governo em rota de colisão já foi resolvida.
“Todos os certificados são emitidos no Ministério da Agricultura. Não existe nenhum bloqueio a nível dos certificados. O que não podemos, e corríamos esse risco, é que as empresas continuem com a emissão de certificados falsos, porque corríamos o risco de sermos banidos não só por causa de algumas culturas ou algumas empresas a nível internacional, mas este é um tema que ficou sanado já há tempo”, disse Correia para depois acrescentar que não bloqueio na exportação do feijão boer para a Índia, visto que foi levantado o limite das 200 mil toneladas.
“Aqueles que fazem o comércio possam exportar a sua produção, colocar a sua produção no mercado. É para isso que estamos a trabalhar, para que a gente possa ter mercados. Qualquer barreira que possa surgir deve ser desbloqueada para que a produção seja colocada no mercado. Depois temos os produtores. Estamos a acompanhar as disputas do mercado. Sabíamos que existiam limitações de cotas no mercado até ao início do ano, agora as cotas estão abertas. Então, não vemos razões para que isto esteja a acontecer, mas, naturalmente, vamos continuar a acompanhar o processo de forma a que os produtos possam chegar aos camponeses e a renda possa chegar aos camponeses. ”
No que respeita a disputa por cotas na exportação do feijão bóer, o titular do pelouro da Agricultura e Desenvolvimento Rural adiantou que o assunto está a ser tratado pelo Ministério da Indústria e Comércio e pelo Instituto de Cereais.
Facebook Comments