Os antigos oficiais das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) acamparam, na terça – feira, 28 de Maio, na sede da Nações Unidas, em Maputo, em protesto contra o atraso das compensações prometidas no âmbito da assinatura do Acordo Geral Paz de 1992.
Texto: Redacção
As Nações Unidas e o Governo moçambicano não cumpriram com as promessas feitas para as Forças Armadas de Defesa de Moçambique aquando da assinatura do acordo com colocou um ponto final na guerra de 16 anos evolvendo as forças governamentais e forças residuais da Renamo.
Para exigir as compensações prometidas, os antigos oficiais das FADM acamparam na terça – feira (28) na porta do escritório das Nações Unidas em Maputo.
“Estamos aqui na representação das Nações Unidas porque a nossa desvinculação foi no âmbito do Acordo Geral de Paz (1992), assinado em Roma entre o Governo e a RENAMO (principal força de oposição), sob a égide das Nações Unidas. Fomos desvinculados com a promessa de sermos compensados, só que, desde lá, nem água vai nem água vem”, declarou Adolfo Samuel, líder do grupo de quase 300 pessoas, citado pela Lusa para depois referir que o Governo ativou o modo ignorância quando instando a comentar sobre o assunto.
“Por várias vezes contactámos as instituições do Estado, incluindo a Presidência da República, mas todos ignoraram-nos. Então, como as Nações Unidas estiveram a par da nossa desvinculação e brevemente o atual Governo termina o seu mandato, achamos conveniente vir cobrar a dívida que o Governo e as Nações Unidas têm para connosco”, acrescentou o líder do grupo.
Se por um lado, as Nações Unidas preferem não comentar o caso, remetendo qualquer posicionamento para o Executivo moçambicano. Por outro o Ministério dos Combatentes prometeu se pronunciar sobre o assunto nos próximos dias.
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