Na semana passada a Procuradoria Geral da República promoveu a detenção de pelo menos cinco cidadãos nacionais e estrangeiros indiciados na prática de Branqueamento de Capitais, Falsificação de documentos, fraude fiscal, abuso de confiança fiscal, associação criminosa e uso de documentos falsos, no âmbito operação STOP BC. Desde sexta-feira decorrem audições visando a legalização das prisões preventivas, entretanto, informações em nosso poder indicam que está em curso uma grande acção de lobby e tentativa de suborno visando influenciar a decisão dos tribunais.
Na última sexta-feira, o Ministério Público revelou ter aberto mais de 40 processos contra cidadãos nacionais e estrangeiros, e 15 empresas, com cinco arguidos detidos depois de buscas em residências e estabelecimentos comerciais localizados em Nampula, Nacala, Matola e Cidade de Maputo.
Neste momento decorrem audições aos arguidos para legalização da prisão e espera-se que nos próximos dias haja uma nova vaga de detenções de um processo que envolve pessoas bastante fortes e influentes.
Sucede, porém, que enquanto aguarda-se pela decisão para se saber a medida de coação a aplicar a cada um dos arguidos, há dinheiro a rolar para subornar a quem é de direito para que saiam.
Uma fonte próxima do processo, revelou ao Evidências que em tão pouco tempo foram mobilizados milhões de meticais destinados a subornar investigadores e juizes por forma a se promover a soltura dos arguidos, o que demonstra o quão fortes são os indivíduos implicados neste processo.
Refira-se que Segundo o Ministério Público, entre os anos 2019 e 2023 os arguidos exportaram ilegalmente um montante de cerca de 330 milhões de dólares, equivalentes mais de 21 biliões de meticais.
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