A Associação de Escritores Moçambicanos (AEMO) e escritor moçambicano Mia Couto reagiram, recentemente, relativamente às agressões físicas e psicológicas protagonizadas pela Igreja Divina Esperança contra a renomada escritora nacional Paulina Chiziane juntamente com sua equipa de trabalho, no distrito de Marracuene.
Através de uma nota de imprensa, a Associação de Escritores Moçambicanos (AEMO) condenou as atitudes dos crentes agressores, tendo referido que constitui uma ameaça à liberdade artística e exorta a instituição religiosa a pautar pelas normas plasmadas na constituição
“Entendemos, assim, que tais actos, contraditórios a qualquer postura religiosa e cívica, constituem uma inadmissível ameaça à liberdade de criação artística ao exercício dos direitos sociais e de cidadania consagrados pela constituição”.
Por sua vez, o autor de “Terra Sonâmbula” destacou a necessidade da responsabilização dos supostos homens de Deus. “É Inaceitável a agressão física, verbal e psicológica cometida contra a escritora Paulina Chiziane e os artistas que a acompanhavam em Marracuene. Medidas severas devem ser tomadas contra os agressores. Sejam quem forem, seja qual for o pretexto dessa violência”, disse Mia Couto.
Importa sublinhar que Paulina Chiziane e sua equipa foram agredidas por seguranças da Igreja Divina Esperança sob o comando do pastor, aquando da produção de mais uma obra audiovisual intitulada “Pobreza”, nas imediações da Igreja Divina Esperança. (Elísio Nuvunga)
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