PR quer governadores activos para que o combate à corrupção não seja mero exercício de retórica

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O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, empossou, nesta quarta-feira, 22 de Janeiro, os governadores provinciais, tendo na ocasião apelado aos mesmos para trabalharem afincadamente para que o discurso do combate à corrupção, ao invés de ser um mero exercício de retórica, seja uma realidade no seu ciclo de governação.

No seu primeiro discurso como Chefe de Estado, Daniel Chapo prometeu que será implacável contra as acções que lesam o Estado.

“Falemos da corrupção. Essa doença que tem corroído o tecido do nosso Estado e do nosso Povo. O uso abusivo de bens públicos, os funcionários fantasmas que sugam os recursos do povo, os concursos simulados para favorecer amigos, os cartéis que enriquecem à custa do sofrimento do Povo – isto tem de acabar. Não há lugar neste governo, nem neste país para quem coloca os seus interesses acima do Povo. Lutaremos até às últimas consequências para defender os interesses do Povo Moçambicano em todos os sectores, público e privado”, declarou.

Nesta quarta-feira, 22 de Janeiro, tratava-se da cerimônia da investidura dos governadores provinciais, mas Chapo reiterou, mais uma vez, que a corrupção será combatida com mais vigor nos próximos cinco anos e, por isso, apelou aos governantes para estarem na linha da frente no combate contra este fenômeno.

“Um líder que faz negociatas com os seus subordinados está condenado a perder esta batalha, porque não terá moral suficiente para colocar ordem na casa. Para o efeito, cada um de vós deve ser um exemplo de lisura para que o discurso do combate à corrupção deixe de ser um mero exercício de retórica. Temos que liderar pelo exemplo”, disse o Presidente da República.

Os governadores empossados, no entender de Daniel Chapo, devem adoptar uma postura que valorize o mérito, capacidades, habilidades, a experiência, a competência e, sobretudo, o profissionalismo.

“Tem sido comum alguns compatriotas terem acesso ao emprego, à promoção, a bolsas de estudo ou vencer concursos, por causa do amiguismo, na base do apelido, na base do nepotismo, da orientação política, do regionalismo ou da corrupção. É urgente mudar isso nas nossas províncias e no nosso país”.

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