Desde Outubro de 2017 que os grupos armados semeiam terror em alguns distritos da província de Cabo Delgado. Chamado a descrever os contornos do conflito naquele ponto do país, o comandante da Missão de Treino da União Europeia (UE) em Moçambique, João Gonçalves, referiu que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão a combater um inimigo difícil e sem regras.
Com a chegada das tropas amigas, nomeadamente, SAMIM e tropas ruandesas, Moçambique começou a alcançar êxitos na luta contra o terrorismo, sendo que os militares nacionais foram capacitados pela União Europeia para enfrentar o inimigo no Teatro Operacional Norte.
Chamado a descrever os contornos do conflito da província de Cabo Delgado o comandante da Missão de Treino da União Europeia (UE) em Moçambique referiu que a guerra contra os grupos armados eh assimétrica.
“Em Cabo Delgado está a ocorrer um conflito difícil e assimétrico, em que de um lado estão forças que representam o Estado moçambicano e, do outro, estão insurgentes que não seguem qualquer regra de conduta, não respeitam os mais básicos valores do Direito Internacional, humanitário e praticam as maiores barbaridades”, declarou João Gonçalves
João Gonçalves, que falava durante a cerimónia de transferência de comando da missão de treino da UE, que passou a designar-se Missão de Assistência Militar da União Europeia em Moçambique e é agora comandada pelo brigadeiro-general Luís Barroso, também português, destacou, por outro lado, o impacto positivo dos treinos aos militares nacionais, visto que os mesmos enfrentam um inimigo sem escrúpulos.
“O impacto do treino é positivo, porque preparámos melhor os soldados moçambicanos para enfrentar essa dura realidade: enfrentar alguém que não segue qualquer tipo de regras e não tem qualquer tipo de escrúpulos (…), os soldados que nós treinamos vão para lá levando regras e autoridade do Estado e o cumprimento dos mais elementares direitos dos cidadãos”, declarou João Gonçalves.
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