O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) deteve três cidadãos nacionais suspeitos de envolvimento em um esquema de burla agravada, falsificação de documentos e associação criminosa. A operação, realizada na cidade de Maputo, cumpriu um mandado de captura judicial.
De acordo com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) o caso teve início quando um dos indiciados recebeu de um terceiro a viatura Toyota Fortuner, avaliada em 2,65 milhões de meticais, para intermediar sua venda. O comprador efectuou um pagamento inicial de 100 mil meticais, comprometendo-se a liquidar o saldo restante em uma semana, o que nunca ocorreu.
Marta Inguane, porta – voz do SERNIC, explicou “posteriormente, a viatura foi repassada a outro indivíduo, que alegadamente a adquiriu sem que houvesse clareza sobre a transacção”.
Inguane acrescentou que “o comprador, que é funcionário de uma seguradora, passou o carro a uma quarta pessoa, o que levantou suspeitas do SERNIC. O veículo foi posteriormente envolvido em um acidente com danos significativos”.
O incidente foi reportado à seguradora para um pedido de indenização, levantando suspeitas de fraude. “As investigações revelaram indícios de uma quadrilha bem organizada, onde cada membro desempenhava uma função específica no esquema”, afirmou a porta-voz. Ela também destacou que “um dos suspeitos recusou-se a prestar declarações à imprensa e às autoridades, enquanto outro alegou ser apenas intermediário na venda e negou qualquer envolvimento em actividades fraudulentas”.
O Serviço Nacional de Investigação Criminal informou que as detenções são as primeiras ocorrências criminais registradas para esses indivíduos, mas investigações continuam para determinar a extensão da actuação do grupo e se há mais envolvidos no esquema. “As autoridades reforçaram o compromisso de combater crimes financeiros e fraudes que prejudiquem os cidadãos e empresas em Moçambique”, concluiu Inguane.
Os indiciados dizem desconhecer os reais motivos da sua detenção, negam o seu envolvimento no crime e acusam o SERNIC de inventar provas. (Luisa Muhambe)

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