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VM anuncia fim da ligação com o PODEMOS e abdica de todos direitos que constam no acordo

Venâncio Mondlane anunciou, nesta terça – feira, 04 de Janeiro, o fim da ligação com o ´Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS). Para além de denunciar que a força política liderada por Albino Forquilha falsificou o Acordo Coligatário, assinado em Agosto de 2024, na Manhiça, Mondlane renunciou todos os direitos e prerrogativas que constam do acordo a favor da mesma.

Através do comunicado intitulado “Nem tudo na vida é dinheiro e posições…” e assinado por Dinis Tivane, o movimento que apoia Venâncio Mondlane desde que este abandonou a Renamo reitera que os deputados do PODEMOS na Assembleia da República tomaram posse contra a vontade do povo o que, de certa forma, não linha com a luta política pata a salvação de Moçambique.

Há muita gente que levamos a essa causa, que morreu, que está injustamente presa, que perdeu emprego e património, que ficou sem meios de sobrevivência, que vive fugindo para parte incerta, que está ferida com sequelas vitalícias, sem se esquecer dos inúmeros sacrifícios consentidos por milhares de anónimos espalhados pelo país e na diáspora. Para todos estes que mencionamos, continuaremos a lutar para que a justiça seja feita e, inspirados pela célebre frase do advogado do povo Elvino Dias, pela verdade iremos até ao fim”, refere o movimento que apoia Mondlane para depois renovar a ideia de que o partido liderado por Albino Forquilha vendeu a luta do povo.

“E o Partido PODEMOS, o que tem dito ou feito a respeito disso tudo? Nada! Ironicamente, vai aos órgãos de comunicação social com o objectivo de se distanciar das reivindicações legítimas do Povo. Aliás, ouvem-se rumores de somas avultadas de dinheiro e de viaturas de marca alemã oferecidos aos membros do Partido PODEMOS, para venderem a luta do povo. Se isso for verdade, há sacrifícios que não estão a ser consentidos, e é outra traição”.

No entender de Venâncio Mondlane e seus apoiantes, o PODEMOS aventurou-se no diálogo político com o objectivo de pacificar o país, mas até aqui não se sabe a quem vai beneficiar.

“Sem apresentar uma agenda concreta ou propor termos de referência, o partido PODEMOS embalou-se para um “suposto” diálogo onde até aqui se desconhece a quem vai beneficiar, ou será como sempre, as elites políticas a distribuírem, entre si, mordomias, benesses e privilégios infindáveis. Dito de forma simples: está em marcha a velha tática de acomodação sob a máscara de inclusão”.

Por outro lado, o movimento de Venâncio Mondlane acusa o PODEMOS de ter falsificado o Acordo Coligatário que foi tornado público no qual consta que Venâncio tinha direito a 5% da verba que será alocada ao partido na qualidade do maior partido da oposição em Moçambique, dai que decidiu colocar um ponto final na relação entre a duas e preferiu abdicar de todos direitos que constam do acordo.

“Como para nós nem tudo na vida é dinheiro e posições, em respeito a dor de milhares de moçambicanos que pagaram com seu sangue, membros mutilados, sequestros, execuções sumárias e extrajudiciais ou ainda privação de liberdade, renunciamos todos os direitos e prerrogativas a favor do partido PODEMOS. Por tudo exposto, lamentamos anunciar ao Povo e as demais entidades o fim da nossa relação com o partido PODEMOS, e através de uma circular interna instruiremos as nossas delegações instaladas a nível nacional e no exterior a agirem em conformidade”.

 

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