Após tentativa de assassinato: presidente da CAD diz que o regime é uma organização para eliminar os críticos

DESTAQUE POLÍTICA

O presidente da Coligação Aliança Democrática (CAD), Manecas Daniel, reagiu esta Quinta-feira, 27 de Fevereiro, em relação as perseguições políticas aquando do período eleitoral (2024). Manecas diz que as tentativas de assassinato contra ele em alegada tentativa de golpe de estado obrigaram-no a fugir do país para o estrangeiro (Africa do Sul e Malawi) para evitar o pior acontecesse.

E porque as perseguições políticas e tentativas de assassinatos já não constituem novidades no país, o presidente da CAD diz que o regime ainda vai continuar como sempre a eliminar seus adversários políticos para atingir seus intentos.

“O regime é e ainda continuará a ser uma organização criminosa que engendra cenários para incriminar inocentes eliminando assim, neste caso os seus adversários políticos como aconteceu comigo”, sublinhou.

De acordo com Manecas Daniel, nas acusações de alegada tentativa de golpe de estado os nomes constam de Venâncio Mondlane, Vitano Singano, Albino Forquilha e diversos.

“Segundo informações de bastidores dizem que o meu nome consta na lista daqueles que estavam a preparar golpe de estado. Nesta lista, estava eu o Singano, Venâncio Mondlane, Albino Forquilha e outros ”.

Manecas, não tem dúvidas que as acusações têm como objectivo principal “calar vozes daqueles que fazem críticas ao regime”. Aliás, face as acusações, o presidente da CAD, submeteu uma carta à presidência exigindo uma reunião com o presidente da república para esclarecer a situação, mas até hoje: sem sucesso.

“No dia 24 de Outubro, submeti uma carta na presidência da república a pedir uma audiência com o chefe de estado que é para explicar esta situação que ocorreu comigo porque não me vejo que tenha participado em tal golpe de estado”, explicou.

Importa salientar que um dos acusados de tentativa de golpe de estado, Vitano Singano, presidente do partido Revolução Democrática (RD), está preso desde Novembro do ano passado e é acusado, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), de ter planeado um ataque a Ponta Vermelha, em Novembro do ano passado.

Singano, é indiciado também por ter tentado recrutar membros das Forças de Defesa e Segurança e pessoas com experiência militar, para assaltar unidades policiais e militares.

“Corre termos um processo-crime no Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional (…), em virtude de se ter constatado elementos indiciários contra o Presidente do Partido Revolução Democrática, no envolvimento em coordenação com um grupo de indivíduos, à monte, de entre os quais, alguns membros das Forças de Defesa e Segurança e de partidos políticos, para a mobilização e recrutamento de mais elementos no seio das FDS e de mais indivíduos com experiência militar, sobretudo na condição de reserva, para o assalto à algumas unidades militares e policiais”, lê-se no documento, apontando outras práticas criminais que influenciaram na sua detenção.

No mesmo documento, de acordo com a PGR na altura “nos mesmos autos, são indiciados outros arguidos que se encontram a monte, de entre eles o candidato presidencial, Venâncio António Bila Mondlane, suportado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS)”.

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