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O Governo moçambicano lançou oficialmente, esta quarta-feira, as bases para a realização do quinto Recenseamento Geral da População e Habitação, previsto para decorrer entre 0 1 e 15 de Agosto de 2027. Esta será a primeira vez que o país irá realizar um censo totalmente digital, com um orçamento estimado em pouco mais de 110 milhões de dólares norte-americanos.
O anúncio foi feito pelo Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Valá, durante uma cerimónia em Maputo, onde destacou que a digitalização do Censo 2027 representa não apenas um avanço tecnológico, mas também um marco na modernização do Estado moçambicano.
“Este censo permitirá saber com precisão quantos somos, onde estamos e como vivemos. Nenhum distrito, nenhuma localidade e nenhum cidadão ficará para trás”, garantiu Valá.
Com o uso de tecnologias digitais, o processo promete ser mais eficiente, dinâmico e com menor margem de erro, assegurando resultados mais rápidos, com previsão de divulgação em apenas seis meses após o encerramento da recolha de dados, segundo avançou.
De acordo com a Presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Eliza Magaua, o Censo 2027 será fundamental para a planificação do desenvolvimento do país. Recordou também que, a população moçambicana era de 27,1 milhões em 2017, deve atingir 34 milhões em 2025 e estima-se que ultrapasse os 36 milhões em 2027.
Magaua sublinhou que a realização da operação exigirá a mobilização de pouco mais de 110 milhões de dólares, destinados a garantir a execução eficiente da maior operação estatística nacional. Este valor cobrirá a digitalização de processos, a actualização cartográfica do país, o recrutamento e formação de milhares de jovens recenseadores, bem como os meios logísticos necessários.
“Este recenseamento será mais dinâmico e eficiente em relação aos outros devido ao uso das tecnologias que permitem a redução de erros, maior eficiência e rapidez no tratamento da informação. Para o efeito, necessitamos de pouco mais de 110 milhões de dólares para dar vazão à realização da nossa maior operação estatística”, frisou Magaua.
Refira-se que, o Governo aprovou, no passado dia 20 de Maio, a realização do recenseamento entre os dias 1 e 15 de Agosto de 2027, sendo esta a primeira vez que os dados serão recolhidos através de plataformas digitais. A inovação também permitirá um mapeamento preciso das unidades habitacionais, infra-estruturas sociais e pontos habitados, base essencial para melhor planificação de serviços como educação, saúde, transportes e abastecimento de água.
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