Ministra de trabalho alerta para impacto de cortes da USAID e lembra que “60% da população continua pobre”

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O corte de financiamento da USAID já causou a perda de cerca de 2.500 postos de trabalho em Moçambique, segundo a Ministra do Trabalho, Género e Acção Social, que também alertou para a persistência da pobreza no país, que ainda afecta 60% da população.

A Ministra do Trabalho, Género e Acção Social, reagiu esta quinta-feira, em Maputo, ao corte do financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), sublinhando que, embora o seu sector não receba directamente grandes volumes desse apoio, o impacto já é visível na perda de empregos.

“Nós, como Ministério do Trabalho, Género e Acção Social, não temos, assim, tanto financiamento directo da USAID, mas temos consciência, sendo o sector do trabalho, que há empregos que são perdidos”, afirmou a governante, durante a II Conferência Nacional sobre o Serviço Social, que decorre em Maputo.

Segundo a Ministra, os dados mais recentes apontam para cerca de 2.500 postos de trabalho perdidos, afectando especialmente organizações que dependiam do apoio da USAID.

Ivete Alane lembrou ainda que, apesar dos esforços em curso, 60% da população moçambicana continua a viver na pobreza. Para ela, esta realidade exige um reforço das medidas económicas e sociais.

“Moçambique é um país pobre, é um país em desenvolvimento, o governo tem estado a implementar medidas macroeconómicas para garantir o crescimento económico. E é com base nesse crescimento que podemos combater a pobreza”, frisou.

A Ministra destacou ainda o papel do seu ministério na protecção social, que inclui tanto a assistência aos grupos vulneráveis como a segurança social obrigatória, sendo ambas ferramentas fundamentais no combate à pobreza.

Além disso, a governante revelou que pelo menos 50 empresas continuam em situação de dívida com o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), facto que compromete a eficácia do sistema de segurança social:

“Estamos a falar de cerca de 50 empresas que ainda têm a sua situação de devedores. E nós estamos a trabalhar com essas empresas e vamos continuar a trabalhar, porque esta é a nossa responsabilidade”, garantiu.

Para a Ministra, combater a pobreza é um desafio nacional: “Cada sector, em cada parte em que estiver, tem a tarefa de combater a pobreza”, concluiu.

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