CTA diz que “ressente-se da falta de divisas e o problema ainda não está resolvido”

DESTAQUE ECONOMIA
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O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Álvaro Massingue, alertou esta quinta-feira, em Maputo, que o sector empresarial nacional continua a enfrentar sérias dificuldades devido à escassez de divisas, o que compromete o funcionamento regular das empresas privadas.

Segundo Massingue, “o sector empresarial ressente-se da falta de divisas para a reposição daquilo que são as suas matérias-primas, a importação de maquinarias e produtos para o funcionamento do sector privado”.

Apesar das recentes declarações do Presidente da República, Daniel Chapo, segundo as quais o mercado dispõe de divisas suficientes, o líder da CTA considera que, na prática, o problema persiste. “Até o momento, o sector empresarial ainda não está com o problema resolvido”, afirmou.

Massingue aponta os bancos comerciais como principais responsáveis pela retenção das divisas disponíveis, alegadamente para favorecerem os seus próprios interesses financeiros, o que acaba por afectar negativamente os empresários.

Ainda assim, vê nas palavras do Chefe de Estado um sinal positivo: “Se o governo se pronunciou nesses termos, é porque já está a ver a janela de como é que este assunto vai ser ultrapassado”, disse.

Outro ponto de preocupação levantado pela CTA prende-se com os ataques armados no norte do país, particularmente em Cabo Delgado, que têm dificultado o ambiente de negócios: “O problema dos ataques é sério. Não é possível as multinacionais funcionarem sem a paz”, defendeu o presidente da agremiação económica, sublinhando que a “paz é condição essencial para atrair investimentos”.

“Assim que a paz estiver a fluir, o país vai registar uma avalanche de investidores, porque Moçambique é um país apetecível, cheio de recursos. Mas é preciso paz”, concluiu Massingue.

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