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O Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFIM) revelou, através do Relatório de Análise Estratégica (ERA), tornado público recentemente, que, para além dos comerciantes residentes nas áreas afectadas pelo terrorismo, há funcionários públicos e membros das Organizações Sem Fins Lucrativos (OSFL) na lista de suspeitos de financiamento ao terrorismo.
A instituição chancelada pelo Ministério das Finanças refere o financiamento ao terrorismo é caracterizado por depósitos e levantamentos (ambos em numerário) e transferências, de pequenas somas que agregadas resultam em avultadas somas, com o objectivo de dissimular os sistemas, bancário e dos serviços financeiros móveis (mobile money), por entes singulares e/ou colectivos, associados a indivíduos tidos como líderes do grupo terrorista, que actua em algumas zonas da região norte do País, e usar para financiar o recrutamento e a logística do grupo terrorista.
O Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFIM) apurou que, entre 2017 até esta parte, mais de 458,6 milhões de meticais, equivalente a mais de 7 milhões de dólares americanos, foram usados para financiar o terrorismo, sendo que na lista dos suspeitos constam funcionários públicos e membros das Organizações Sem Fins Lucrativos.
“As entidades suspeitas da prática de actos de financiamento ao terrorismo são clientes das instituições financeiras, alguns comerciantes residentes nas áreas afectadas pelo terrorismo, alguns funcionários públicos, alguns membros das Organizações sem fins lucrativos (OSFL) e algumas empresas privadas, sendo que parte das suas transacções despertaram suspeita por parte das entidades obrigadas”, refere o GIFIM apontando posteriormente que os fundos são colocados através de depósitos e transferências em pequenas somas.
“Colocação dos fundos (lícitos e/ou ilícitos) caracterizado por depósitos e levantamentos (ambos em numerário) e transferências, de pequenas somas que agregadas resultam em avultadas somas no sistema financeiro de forma parcelada/fraccionada, circulação dos mesmos para dissimular a finalidade e os destinatários dos mesmos, armazenando/guardando e transferindo os fundos para indivíduos (in)suspeitos de serem terroristas ou pertencerem a organização terrorista, através do sistema bancário e de serviços financeiros móveis (mobile money)”
Relativamente a origem do suspeitos de financiamento ao terrorismo, o documento da instituição chancelada pelo Ministério das Finanças apurou que o grosso é oriundo das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula.

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