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O Governo moçambicano anunciou uma revisão estratégica na política de vistos de investimento para impulsionar a atracção de capital estrangeiro e reforçar a competitividade do país no espaço regional. A medida mais significativa é a introdução de um Visto de Residência com validade de 10 anos destinado a investidores que demonstrem um capital igual ou superior a 05 milhões de dólares (cerca de 316 milhões de meticais).
Esta alteração foi comunicada pelo Presidente da República, Daniel Chapo, em Vilankulo, durante o encerramento da 1.ª Conferência e Feira Internacional do Turismo.
O chefe de Estado detalhou que o compromisso do Executivo em criar um ambiente mais favorável ao Investimento Directo Estrangeiro (IDE) inclui também a concessão de residência por cinco anos para investidores com capital a partir de 500 mil dólares (31,6 milhões de meticais).
Para além da revisão das categorias de vistos, o Governo está a investir na digitalização, desenvolvendo uma plataforma digital que visa simplificar significativamente o processo de emissão de vistos de turismo e de investimento. Daniel Chapo salientou: “Queremos que qualquer pessoa possa, a partir da sua casa e do seu telefone, obter o visto e viajar para Moçambique sem dificuldades”.
A iniciativa faz parte de um conjunto mais vasto de medidas destinadas a dinamizar o sector do turismo nacional. Entre elas, destaca-se a priorização da obtenção de vistos de turismo e de negócios à entrada para cidadãos africanos, em linha com a zona de comércio livre.
No âmbito da conectividade, o Governo passará a controlar as taxas das passagens aéreas para garantir maior acessibilidade e equilíbrio territorial. Adicionalmente, será liberalizada a entrada de voos privados, tanto domésticos como internacionais, com o objectivo de impulsionar a conectividade e o “turismo de elite”.
O Presidente Chapo adiantou ainda que o País irá declarar Inhambane como a primeira zona especial de turismo de golfe, englobando polos como Vilankulo, Tofo e Barra. Vilankulo foi também eleita a capital do turismo moçambicano, onde se realizará a 2.ª cimeira internacional no próximo ano.
O Presidente concluiu que a implementação destas medidas será integrada, exigindo o envolvimento de todos os intervenientes do sector, desde recepcionistas a agentes de trânsito, para assegurar um ambiente tranquilo e acolhedor para os turistas.



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