Direcção do CMM distancia-se do acto praticado por um membro e família pede desculpas públicas

SOCIEDADE
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  • Escândalo Sexual abala Comunidade Maometana em Moçambique
  • existe um processo disciplinar e inquérito que pode culminar com expulsão

A Comunidade Maometana em Moçambique (CMM) enfrenta um dos maiores escândalos morais da sua história recente, após a divulgação de vídeos íntimos que supostamente envolvem um dos seus funcionários, no caso Arif Omar, num caso de envolvimento íntimo homossexual no ambiente laboral. A situação levou não só à intervenção institucional, mas também a um raro pedido público de desculpas por parte da família do acusado.

Evidências

Em comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira, a Direcção da Comunidade Maometana, liderada pelo respeitado acedémico,  distanciou-se formalmente das “práticas contidas no vídeo”, classificando a conduta do trabalhador como “desviante” e contrária aos “princípios de ética e moral” que a instituição defende.

O funcionário, que não é membro da direcção mas trabalha na instituição há mais de 12 anos, foi considerado persona non grata e está a enfrentar um processo disciplinar que pode culminar na expulsão do quadro de sócios.

A direcção, que classificou o acto como Sodomia, anunciou ainda a criação de uma comissão de inquérito para apurar a possível participação de outros membros e aplicar “outras sanções” no âmbito do processo disciplinar.

No vídeo de cerca de oito minutos é possível ver um homem de origem asiática e um outro homem negro, ambo despindo roupas, antes de trocarem carícias e se envolverem sexualmente. Nas redes sociais, de forma deturpada, algumas pessoas chegaram a associar o video à direcção do CMM, o que não corresponde à verdade.

Família assume responsabilidade e rejeita versões manipuladas

Horas antes do comunicado institucional, a família Arif Omar quebrou o silêncio com uma declaração emocionada, assumindo publicamente a responsabilidade pelos actos atribuídos ao seu familiar.

“Reconhecemos que tais acontecimentos mancharam a reputação não apenas da nossa família, mas também a imagem e os valores que prezamos enquanto muçulmanos”, afirmou a família, num comunicado enviado à imprensa.

A família rejeitou ainda as tentativas de alguns sectores de atribuir a autoria dos vídeos à inteligência artificial ou manipulação digital, afirmando: “Enquanto crentes em Allah, não podemos compactuar com qualquer forma de mentira ou negação dos factos. Allah não se agrada daqueles que escondem a verdade”.

Tanto a Direcção da Comunidade Maometana como a família Arif Omar apelaram à serenidade dos membros da comunidade e da sociedade em geral, pedindo que evitem a partilha dos conteúdos em circulação.

A família reforçou ainda um pedido de apoio espiritual: “O nosso pedido é que façam du’a (oração) para que Allah conceda arrependimento sincero, perdão e orientação a todos os envolvidos”.

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