A estratégia de negação adoptada pelo réu Ndambi Guebuza, que se resume em negar tudo, a pretexto de que o julgamento tem motivações políticas, está a exacerbar o ambiente de tensão em sede de julgamento. A audição a Ndambi Guebuza iniciou ontem e hoje foi vez da Ordem dos Advogados, assistente do Ministério Público, colocar as suas perguntas. Como se Ndambi tivesse consolidado sua estratégia, a OAM não arrancou do réu qualquer resposta às suas perguntas, se não afirmações lacónicas como: “não gostaria de responder”, “eu já respondi ontem”, “este é um assunto político”, entre outras várias negações, que forçaram o Juiz da causa, Efigénio Baptista a repreender mais uma vez o réu.
Mas o que levou AOM a acusar o juíz e protestar que “o réu (Ndambi) está a ter privilégios que não estão previstos”, foram as suas perguntas retóricas em resposta às questões colocadas pelo Assistente (AOM), que entende que não é legítimo o réu “questionar os nossos argumentos”.
Em jeito de resposta, o Juíz Efigénio Baptista disse que no seu vocabulário não constam as palavras medo, fuga ou influência. “Quem me conhece bem sabe que não sou de oferecer privilégios a ninguém e muito menos de agir com base em medo”.
Depois de se ter recusado a responder a várias questões colocadas pelo assistente do Ministério Público, no caso AOM, Armando Ndambi Guebuza optou por sugerir que determinadas respostas fossem dadas pelo antigo ministro da Defesa, Filipe Nyusi, actual Presidente da República.
Para Ndambi Guebuza, questões relacionadas com a contratação das Dívidas não Declaradas devem ser respondidas pelo então chefe do Comando Conjunto de Defesa e Segurança.
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