Uma jornada separa o Campeonato Nacional de Futebol, prova vulgarmente conhecida por Moçambola, do termino. Sem casos, a Black Bulls sagrou-se campeã nacional naquela que foi a sua primeira aparição no convívio dos grandes do futebol nacional. Entretanto, falta decidir os dois clubes que vão descer de decisão e os três clubes que estão na zona de despromoção, Matchedje de Mocuba, Textáfrica do Chimoio e Desportivo Maputo, submeteram uma impugnação do comunicado emitido pela Federação Moçambicana de Futebol (FMF) que, no meio da época, decidiu que no próximo ano o Moçambola será disputado por 12 clubes.
“Os clubes supra identificados, filiados à Liga Moçambicana de Futebol, vêm por este meio requerer a V. Excias a revogação do Comunicado Oficial supra, na parte relativa à decisão da Direcção Executiva da FMF, de realização do apuramento ao Campeonato Nacional de Futebol – Moçambola 2022, por meio de uma mini-competição designada Liguilha”, refere o comunicado emitido pelos três clubes.
De acordo com os três clubes, a decisão da Federação Moçambicana de Futebol, para além de ser de duvidosa legalidade, porque, a nosso ver foi tomada por órgão despida de legitimidade, é manifestamente inoportuna e injusta.
“A aludida decisão, de grande repercussão no formato da próxima edição de futebol, foi adoptada no decurso da actual competição, à poucas jornadas do término do mesmo, sem prévia e profunda consulta aos clubes, pior sem qualquer preocupação de mobilizar consensos. Salvo devido respeito por opinião contrária, é profundamente duvidoso que pode a Direcção Executiva da FMF deliberar unilateralmente sobre o modelo de despromoção ou manutenção dos clubes”
Matchedje de Mocuba, Textáfrica do Chimoio e Desportivo Maputo consideram ainda que “É de bradar os céus que ainda a competição em curso, a FMF venha modificar o formato de despromoção e manutenção estabelecido no Regulamento de Competições violando os princípios, normas e as exigências de segurança e certeza que se impõem”
Os três clubes que uniram as forças para impugnar a decisão da entidade que chancela o futebol moçambicano alegam que não alcançaram o sucesso desportivo por conta da profunda crise financeira e acusam a Federação Moçambicana de Futebol de falta sensibilidade.
“A crise financeira que conduziu a crise desportiva, desde a impossibilidade de colheita de receita dada a imposição de jogos sem público, dificuldades de gerar outras receitas internas, entre outros aspectos, provocava imensas dificuldades na gestão das deslocações dos jogadores e staff. E vem a FMF impor a realização da “Liguilha” em Vilankulo, por mais de 15 dias, o que definitivamente demonstra a falta de sensibilidade pela situação financeira dos clubes visados. A não ser que a FMF ainda vai informar que vai custear as despesas da mesma, desde as de locações das equipas, alojamento e alimentação”.
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