Beijo no tribunal atiça rivalidade entre Agostinho Vuma e Silvestre Bila

SOCIEDADE

Continua o ambiente de cortar à faca entre o “super” empresário Silvestre Bila e o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma. Na última semana, a rivalidade entre o antigo e actual companheiro da Yara Cossa teve mais um capítulo. No dia 19 de Janeiro corrente, em pleno tribunal, um beijo entre Agostinho Vuma e Yara, à frente de Silvestre Bila, foi o rastilho para uma sequência de actos que viriam a desaguar numa esquadra, e por pouco não resvalava em pancadaria.

Agostinho Vuma e Silvestre Bila eram amigos, como primeiro a ser introduzido no mundo empresarial pelo segundo, mas do nada viraram inimigos de estimação por conta do cruzamento de agendas passionais e libidinosas consideradas perigosas.

Durante muito tempo Yara Cossa foi esposa de Silvestre Bila e em vários momentos o casal se deixou fotografar ao lado de amigos e familiares. Entre os mais chegados, com quem o casal se deixou fotografar em sua casa e noutros ambientes privados, consta Agostinho Vuma, que depois de algum tempo tornou-se amante da mulher hoje no centro da disputa.

Mas segundo apuramos, antes da relação ser descoberta e passar a morar com Vuma, Yara terá supostamente lesado financeiramente o seu antigo companheiro, um caso que corre termos no tribunal. Para além de Yara, o processo visa também Belmiro Nhananga, ambos pelo desvio de 6.5 milhões de meticais.

No passado dia 19 do mês em curso, estava marcada uma acareação entre  o auto-denominado “super” empresário Silvestre Bila e a sua antiga companheira. Como tal, ambos dirigiram-se ao Tribunal Judicial do Distrito de Ka-Mpfumo, onde toda a confusão começou.

Numa exposição enviada para a Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchile, Silvestre Bila refere que Yara Cossa comprou um imóvel com o valor desviado e que tentou resolver o assunto no seio familiar, mas a (ex) esposa abraçou o silêncio, o que o obrigou a intentar uma acção judicial.

Conta que no dia da confusão, “sendo um super empresário”, chegado ao tribunal, ficou no interior da sua viatura enquanto aguardava pelo início da audição. E quando o juiz já se dirigia à sala foi chamado pela sua advogada, Alice Mabota.

Entretanto, quando se dirigia a sala, num deliberado acto de provocação, foi empurrado pela sua ex-companheira, o que, segundo ele, “é uma verdadeira falta de respeito e agressão, sendo acto qualificado como crime nos termos da legislação penal moçambicana”.

Depois do empurrão que motivou um clima de tensão no Tribunal Judicial do Distrito de Ka-Mpfumo, no final da sessão de acareação, Yara Cossa beijou Agostinho Vuma em frente do seu ex-companheiro.

Humilhado perante todos, Silvestre Bila ficou com os nervos à flor da pele, tendo declarado não entender por que a ex-esposa estava a fazer isso. Aliás, mesmo estando nas mãos de Agostinho Vuma, Bila declarou em viva-voz que Yara Cossa ainda é sua esposa, mas no contra-ataque Yara declarou que “o meu marido é Vuma”, como se pode ouvir em áudios postos a circular na internet. Na sua exposição, Bila encara o “beijo” como um acto de provocação.

Ainda de acordo com Silvestre Bila, no processo de acareação ficou claro que Yara Cossa teria se apoderado de valores que lhe eram confiados como esposa para adquirir um imóvel sem o conhecimento do marido.

Do acidente das máquinas de alta cilindrada

Ultrapassada a situação dos empurrões e beijos, Silvestre Bila conta que entrou na sua viatura em direcção ao seu local de trabalho, mas, segundo a exposição que o Evidências teve acesso, foi perseguido por duas viaturas, sendo que uma das viaturas, que por sinal era dirigida por Yara, tentou bloquear a sua passagem, culminando com um embate.

No local, gerou-se uma confusão e foi necessária uma intervenção da polícia para amainar os ânimos. Entretanto, quando se dirigiram à Primeira Esquadra para a Policia de Transito ouvir as duas partes, Agostinho Vuma, segundo o autor da exposição, entrou em cena, declarando que era quem estava ao volante no momento do embate que causou danos na viatura de Bila.

“Quando solicitado pela Policia de Transito documentos como Seguro, carta de condução e livrete do carro, Agostinho Vuma se ausentou, alegando que ia buscar na viatura, sendo que não mais regressou com os documentos solicitados, por outra, pôs-se em fuga”, relata Bila.

Não foi possível ouvir a reacção de Agostinho Vuma sobre as alegações do seu rival e sobre os áudios da confusão que envolve seu nome.

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