O Presidente da República, Filipe Nyusi, no usos das competências que lhe são conferidas pela alínea a) do número 2 do artigo 159 da Constituição da República exonerou através de Despachos Presidenciais separados seis ministros do Governo, depois de ter orientado um Conselho de Ministros que durou dois dias (ontem e hoje).
A lista é composta por alguns dos ministros que foram pedras fundamentais no seu primeiro mandato, como são os casos de Adriano Afonso Maleiane, do cargo de Ministro da Economia e Finanças; Max Tonela, do cargo de Ministro dos Recursos Minerais e Energia; Carlos Mesquita, do cargo de Ministro da Indústria e Comércio e João Osvaldo Machatine, do cargo de Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos.
Mas para além destes, o Presidente da República decidiu refrescar os ministérios do Mar, Águas Interiores e Pescas e dos Combatentes, exonerando Augusta Maita e Carlos Siliya, respectivamente. Ministros com uma prestação apagada como é o caso de Janfar Abdulai, do Ministério dos Tansportes e Comunicações, continuam de pedra e cal.
No entanto, Evidências sabe que a exoneração de Adriano Maleane e Carlos Mesquita foi a pedido dos visados, enquanto João Machatine pode estar ligada a escândalos ligados às portagens ao longo da estrada circular e do desabamento de pontes e estradas um pouco por todo o país após a passagem da tempestade Ana, denunciando negociatas que contribuem para a má qualidade de obras.
Ao que Evidências apurou, esta mexida devia ter sido feita em Novembro último, mas o PR recuou depois do plano ter vazado. Nyusi ainda não nomeou sucessores, mas é provável que alguns exonerados sejam promovidos para outras pastas.
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