Um total de 10 reclusos, que se encontravam em prisão preventiva aguardando a legalização, evadiram-se, há dias, das celas do Comando Distrital da PRM de Cheringoma, na província de Sofala. Destes, dois já foram neutralizados e oito encontram-se a monte, mas a polícia assegura já ter pistas, estando em curso uma verdadeira “caça” ao homem.
Jossias Sixpence – Beira
Os reclusos escaparam de noite, num dia em que chovia torrencialmente, tendo recorrido a uma serra para cortar as grades do vão de uma das janelas da cela onde se encontravam encarcerados. Não se sabe como é que o instrumento de corte de metal terá sido introduzido no local.
Acredita-se que a degradação das infra-estruturas possa ter facilitado a fuga dos reclusos, uma prática que tem sido cada vez mais comum em Sofala, segundo reconheceu o comandante provincial da PRM em Sofala, Joaquim Sive.
“Os 10 recursos fugiram das selas provisórias do Comando Distrital de Cheringoma na semana passada. Já conseguimos recuperar dois deles e temos pistas de que alguns teriam saído da província, enquanto outros ainda estão aqui. Nós garantimos que trabalhos estão em curso com vista a neutralizá-los e trazé-los à razão”, assegurou.
Sive, que falava à margem da entrega de material de construção de novas instruções da PRM na Beira, pelo Mozabanco, reconheceu que a fuga dos reclusos nas cadeias de trânsito quase é frequente em todos os lados, ao que cabe a sua instituição melhorar os serviços de segurança e controle para que isto não aconteça.
“A fuga dos reclusos das cadeias em trânsito quase é frequente. Portanto, há que se investir na segurança e construção de infra-estruturas condignas para manter os detentos. Hoje recebemos o material do Moza Banco e vamos construir novas instalações com segurança, para manter os nossos serviços mais próximo do cidadão”, afirmou.
A PRM, em Sofala, abriu um inquérito para apuramento das circunstâncias, causas e condições em que a fuga ocorreu, numa altura em que os detentos aguardavam para estar presentes a um juiz para a legalização da sua prisão.
Lembre-se que, em 2017, pelo menos 17 perigosos cadastrados, entre detidos e condenados a penas que variam de cinco a 18 anos de prisão maior, evadiram-se da Cadeia Central da Beira.
Facebook Comments